Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

quarta-feira, novembro 08, 2006

Pedreiro morre em explosão de tambor


Por volta das 10 h, manhã de sexta-feira, 4 de novembro de 2005, em Corumbá, MT, o pedreiro Ercílio Henrique Pereira, de 44 anos, tentou abrir um tambor quase vazio de 200 litros de impermeabilizante com uma serra elétrica. As faíscas causaram a explosão matando-o instantaneamente. Ele trabalhava na construção de uma calçada na frente da empresa Don Santos Transportes Ltda, localizada no Bairro Aeroporto.

Motivo
O ajudante da vítima, João Batista de Jesus, disse que o colega de trabalho pretendia reutilizar o tambor para armazenar água. O objetivo era utilizar a água para a preparação do concreto. Entretanto, ele pensou que o tambor estava totalmente vazio, porém, havia certa quantidade de vapor inflamável .
Assim sendo, utilizando uma serra elétrica iniciou a abertura do tambor, porém, com as faíscas causadas com o atrito entre o disco da serra e o metal do tambor foi o estopim para a explosão.
A força da explosão fez com que o galão fosse arremessado para fora da área da empresa Don Santos Transportes Ltda, na Rua Gonçalves Dias, Bairro Aeroporto.

Testemunhas
Testemunhas residentes nas imediações da empresa saíram assustadas de suas residências para ver o que tinha acontecido. A explosão foi seguida de gritos dos funcionários e populares.

Vitima
Segundo a Polícia Civil, o pedreiro sofreu traumatismos em várias partes do corpo e em órgãos vitais, que o levaram à morte instantânea

Fonte: O Progresso – Dourados, MT, 5 de novembro de 2005

Comentário:
Em geral o trabalhador supõe que o risco de um tambor quase-vazio é inferior do que um tambor cheio. Porque o risco real “está oculto”, é essencial que os tambores de líquidos inflamáveis advertem com “destaque” o alto risco de explosão de um tambor parcialmente vazio.

Quanto ao treinamento de empregado sobre os riscos de tambores quase-vazios podem ser úteis, todos tambores usados, frequentemente, podem encontrar-se em mãos de empregados não treinados ou de terceiros.

Isto reforça a necessidade para etiquetagem adequada e chamativa, isso vai além dos avisos usuais para líquido inflamável. Em geral, a pessoa leiga não treinada acredita intuitivamente que menos liquido inflamável significa menos risco, quando o oposto é verdadeiro.

posted by ACCA@10:55 PM