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terça-feira, novembro 18, 2025

POR QUE OS TRENS NÃO TÊM CINTO DE SEGURANÇA?


Aviões têm. Carros também. Por que não trens? A resposta não é tão óbvia: uma mistura de design, física e um pouco de economia.

Os trens de fato não são o meio de transporte mais comum no Brasil. Mas se você já viajou pela ferrovia Vitória-Minas, a Estrada de Ferro Carajás ou mesmo em um trem europeu, deve ter notado uma característica particular: não há cintos de segurança.

Os carros têm, os ônibus e os aviões também, mas nos trens eles não são obrigatórios nem comuns. No Brasil, o cinto de segurança é obrigatório apenas nos assentos reservados para pessoa portadora de deficiência. A razão, segundo especialistas, não é a falta de preocupação com a segurança, mas sim uma combinação de fatores técnicos, práticos e econômicos.

Para começar, os acidentes ferroviários são extremamente raros. Dados da Comissão Europeia de 2019 indicam que o risco de morte para um passageiro de trem na União Europeia é de apenas 0,09 mortes por bilhão de quilômetros percorridos, cerca de 28 vezes menor do que no transporte por automóvel. Diante dessa baixa taxa de acidentes, equipar todos os trens com cintos seria um gasto difícil de justificar, conforme o IFL Science.

Mas a explicação vai além dos custos. Os trens são projetados de forma muito diferente dos carros: os passageiros podem viajar em pé, caminhar entre os vagões ou trocar de assento. Essa variedade de posições torna impossível garantir o uso do cinto no momento de um acidente. Neste cenário, os passageiros que circulam livremente podem se tornar projéteis humanos, colocando os demais em risco.

Um relatório de segurança ferroviária explica que a maior parte das lesões em acidentes de trem ocorre devido ao impacto dos passageiros contra os assentos. No entanto, nos trens, eles são projetados para absorver o choque e limitar o movimento corporal, reduzindo a gravidade das lesões. Nesse contexto, os cintos de segurança não trariam uma melhoria significativa e, em alguns casos, poderiam até piorar os resultados.

POUCO PRÁTICO

Pesquisadores também testaram a instalação de cintos de segurança de três pontos, semelhantes aos usados em automóveis. Os resultados foram mistos: os passageiros que os usavam sofriam menos lesões e os que não os utilizavam saíam mais prejudicados ao colidir com assentos mais rígidos. Entretanto, chegou-se a detectar um aumento de lesões cervicais em mulheres de baixa estatura e adolescentes.

Além disso, o cinto de segurança de três pontos não pode ser facilmente adaptado aos assentos existentes dos trens, o que exigiria a substituição de toda a infraestrutura interna dos vagões.

Assim, instalar cintos de segurança em trens também seria pouco prático. Como explicou o jornal americano The New York Times, a opção mais simples e econômica — o cinto de dois pontos usado em aviões — não protegeria adequadamente os passageiros em trens, que se movem lateralmente, além de para frente e para trás.

Em teoria, se todos os passageiros permanecessem sentados e com os cintos afivelados durante toda a viagem, os cintos poderiam melhorar a segurança. Mas isso quebraria a essência da experiência de viajar de trem, em que os passageiros valorizam a liberdade de se movimentar, levantar-se ou ir até o vagão restaurante.

"Isso tem sido considerado por muitos anos”, explicou em 2017 Steven R. Ditmeyer, ex-diretor de pesquisa e desenvolvimento da Administração Federal Ferroviária dos Estados Unidos, ao site Global News. "Em nenhum lugar do mundo se usam cintos de segurança em trens. As pessoas gostam de viajar de trem justamente pela liberdade de se levantar e caminhar, e os funcionários não querem ter que obrigar os passageiros a usar cintos.”

Portanto, ao menos por enquanto, a resposta parece clara: os cintos de segurança não são necessários nos trens, não porque não sejam importantes, mas porque o design, a segurança estrutural e a baixa taxa de acidentes fazem com que viajar sem eles continue sendo uma das formas mais seguras de locomoção. Fonte: DW - 19 de outubro de 2025 

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domingo, outubro 20, 2024

EXPLOSÃO EM TREM CAUSA PÂNICO NOS PASSAGEIROS EM SÃO PAULO


 Na noite de segunda-feira (14) uma explosão em um trem da linha 9 Esmeralda da CPTM causou pânico entre os passageiros. O caso aconteceu na estação Granja Julieta, no bairro de Chácara Santo Antônio, em São Paulo.

Durante o incidente, um funcionário alertou os usuários para não tocarem nas barras de ferro da composição, pois explosões estavam ocorrendo dentro do vagão.

A concessionária ViaMobilidade, responsável pela linha, divulgou uma nota oficial afirmando que o incêndio foi rapidamente controlado. Os agentes da empresa auxiliaram na evacuação segura dos passageiros, que continuaram a viagem em outra composição. Uma investigação foi iniciada para apurar as causas do curto-circuito que levou às explosões. Fonte: Tupi FM - Publicado em 15/10/24  






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sábado, agosto 03, 2024

ÔNIBUS FICA DESTRUÍDO APÓS SER ATINGIDO POR TREM NO INTERIOR DE MG

Um ônibus ficou destruído após ser atingido por um trem na noite de domingo (28/07), em Juiz de Fora (MG). O acidente, não deixou vítimas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o motorista do ônibus da empresa Reial Turismo disse que o veículo teve uma pane elétrica e parou de funcionar sobre os trilhos. Ele então ordenou a saída dos cinco passageiros que estavam dentro do ônibus.

Foi nesse momento que o sinal sonoro acusou a chegada do trem da empresa MRS Logística.

Em nota, a Reial Turismo afirma que apura o acidente e que está prestando apoio aos envolvidos. Disse também que os veículos passam por revisão preventiva e periódica.

A MRS diz que o maquinista cumpriu todos os procedimentos de segurança –velocidade compatível com o trecho, luzes de sinalização e acionamento de buzina e sino– e que o local é dotado de placas de sinalização. Fonte: UOL - 29.jul.2024 


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quarta-feira, julho 17, 2024

SELFIES E ACIDENTES EM FERROVIAS

 CICLISTA FOI ATINGIDA AO TENTAR POSAR PARA UMA SELFIE AO LADO DE UM TREM


Uma ciclista foi atingida por um trem enquanto posava para uma selfie com amigas em Uberaba (MG).

O QUE ACONTECEU

Vídeo mostra quando ciclista se aproxima dos trilhos para tirar uma foto. O maquinista aciona a buzina várias vezes, mas o grupo não se afasta e duas mulheres são atingidas. O acidente aconteceu no dia 13/04/2024.

Uma delas é jogada no chão. Ela é atingida na cabeça, mas é protegida pelo capacete. No vídeo, é possível ouvir a mulher pedindo ajuda: "Me deita, me deita" enquanto explica que o trem bateu nela.

VÍTIMA FOI SOCORRIDA.

Bombeiros encontraram a ciclista consciente e reclamando de dores na região das costelas. Os militares identificaram uma possível fratura na costela e ela foi encaminhada para o hospital.

Ciclista contou aos bombeiros que não avaliou a proximidade com a linha do trem. A VLI, controladora da ferrovia, explicou também que o trem "não ocupa apenas o espaço dedicado à linha férrea".

A outra ciclista que estava perto da linha do trem teve um corte na coxa. Ela se machucou após a amiga ser arremessada contra ela.

O QUE DISSE A VLI

A VLI, controladora da ferrovia, lamentou o acidente e disse que apura as circunstâncias do caso. "Manter sempre distância segura da faixa de domínio, bem como evitar fazer vídeos e fotos próximo à linha do trem estão entre as dicas de segurança para evitar ocorrências. A distração por aplicativos de celular ou a pressa não valem a segurança de condutores, pedestres e ciclistas". Fonte: UOL, em São Paulo - 05/06/2024 


MULHER MORRE ATROPELADA APÓS TENTAR TIRAR FOTO COM TREM NO MÉXICO

Uma mulher morreu enquanto tentava tirar uma foto ao lado de uma locomotiva antiga no México, conhecida por atrair a atenção de entusiastas.

O QUE ACONTECEU

Um grupo de pessoas aguardava a passagem do trem 'A Imperatriz'. O acidente ocorreu na cidade de Nopala de Villagrán em Hidalgo, e passou a circular pelas redes sociais.

No momento que o trem se aproxima, a mulher inclina o corpo em direção a locomotiva para fazer uma selfie. Em seguida, ela é atingida na cabeça e cai no chão inconsciente.

Um homem tenta socorrer a vítima, que acabou morrendo no local. Ele arrasta a mulher para mais longe dos trilhos e outra pessoa chama por ajuda enquanto grava a situação.

O trem pertence à empresa Canadian Pacifific e passou pelo Canadá, Estados Unidos e percorria os territórios do país mexicano. Fonte: UOL, São Paulo - 05/06/2024 


Comentário: Segundo a Fundación iO, que desenvolve projetos em saúde especialmente no campo de doenças infecciosas e da medicina do viajante, a busca por uma selfie em locais arriscados já casou a morte de mais de 500 pessoas desde 2008.

Desse somatório, um em cada três estava em viagem. As principais causas, de acordo com a Fundación iO, foram quedas de lugares altos, acidentes envolvendo meios de transporte e afogamentos. Fonte: Por g1 - 07/06/2024 

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