Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Segurança, Meio Ambiente, Riscos, Ciência e Tecnologia

quarta-feira, setembro 10, 2025

BRASIL REGISTRA 380 MIL ACIDENTES DE TRABALHO E QUASE 1.700 MORTES NO 1º SEMESTRE DE 2025

MTE estima que acidentes de trabalho possam gerar perda de até 4% do PIB nacional ao ano  

A legislação brasileira define os acidentes de trabalho como o que ocorre durante o exercício da atividade profissional a serviço da empresa, resultando em lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte ou perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade laboral.

De acordo com dados do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), o Brasil contabilizou 380.376 acidentes de trabalho e 1.689 mortes no primeiro semestre de 2025.

O levantamento aponta o Rio Grande do Sul como líder em ocorrências por 100 mil trabalhadores, com 1.087 registros. Na sequência, aparecem Santa Catarina, com 1.047, Paraná, com 955 e Espírito Santo, com 944.

Em relação ao mesmo período de 2024, houve crescimento de quase 9% nos acidentes de trabalho e de 5,63% em mortes. O MTE estima que acidentes de trabalho possam gerar perda de até 4% do PIB nacional ao ano.

NÚMEROS ACENDEM ALERTA COM ACIDENTES DE TRABALHO EM 2025

Esses números acendem alerta com acidentes de trabalho em 2025 sobre o avanço de registros nos últimos anos e evidencia fragilidades na gestão de segurança e a necessidade de fortalecer políticas públicas.

ALGUMAS DAS PROFISSÕES COM MAIS MORTES DURANTE O HORÁRIO DE TRABALHO SÃO:

• Motorista de caminhão

• Trabalhador de cultura de cana-de-açúcar

• Pedreiro

• Servente de obras

• Vaqueiro e

• Técnico de enfermagem

No conceito de acidentes de trabalho entram também as doenças ocupacionais, provocadas ou agravadas pelo exercício de funções específicas e o acidente de trajeto, ocorrido no percurso de ida ou volta entre a casa e o local de trabalho.

TAXA DE ACIDENTES PREOCUPA GOVERNO

Desde 2021, o Brasil registra alta contínua em acidentes de trabalho. De acordo com o MTE, a variação foi de 12,63% entre 2021 e 2022; 11,91% de 2022 para 2023; e 11,16% entre 2023 e 2024.

Embora o ritmo de crescimento tenha diminuído, a tendência segue em elevação, ampliando a preocupação das autoridades e reforçando a necessidade de prevenção.

Para o advogado trabalhista Luis Gustavo, o aumento resulta de múltiplos fatores. Ele explica que o crescimento expressivo nos acidentes de trabalho revela desde a falta de investimentos em segurança por parte de algumas empresas, até a precarização das relações de trabalho e o aumento da informalidade.

 “Além disso, a pressão por produtividade sem o devido suporte técnico agrava os riscos. Também há um aspecto positivo nisso: com a digitalização e maior fiscalização, estamos registrando mais ocorrências que antes passavam despercebidas”, afirma.

IMPACTO ECONÔMICO

O advogado destaca que os acidentes comprometem a competitividade das empresas e sobrecarregam o Estado.

“Estamos falando de perdas de produtividade, aumento nos custos com afastamentos e benefícios previdenciários, além da judicialização das relações de trabalho. A prevenção, nesse cenário, deixa de ser somente uma obrigação legal, ela passa a ser uma medida de inteligência econômica”, diz.

Em 2025, a maioria dos acidentes de trabalho resultou em afastamento. Do total, 25,62% dos acidentados seguiram trabalhando, 62,35% ficaram afastados por até 15 dias e 12,03% por mais de 15 dias.

PREVENÇÃO EXIGE MUDANÇA CULTURAL

Luis Gustavo diz que o combate à alta dos índices depende de uma transformação cultural, através de fiscalização orientativa, programas preventivos voltados às micro e pequenas empresas.

“Políticas públicas devem fomentar programas de prevenção nas empresas, sobretudo nas micro e pequenas, que muitas vezes não têm estrutura técnica”, aponta.

Ele acrescenta que campanhas nacionais devem envolver trabalhadores para consolidar uma cultura efetiva de segurança. “Sem isso, vamos continuar enxugando gelo.”

Entre as medidas de prevenção, o advogado pontua treinamentos frequentes, uso correto de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), manutenção de máquinas e liderança comprometida com a segurança.

“Riscos existem, mas precisam ser mapeados, controlados e comunicados. Não dá para eliminar todos os riscos, mas é possível reduzir drasticamente os acidentes e garantir segurança jurídica e bem-estar para quem trabalha.” Fonte: NDmais - 16/08/2025

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JOVEM MORRE AO SER ESMAGADO POR TRATOR ENQUANTO TRABALHAVA

Resumo

·        Jovem de 27 anos morreu em acidente de trabalho em uma fazenda na zona rural de Patrocínio.

·        Vítima operava um trator no momento do acidente e possivelmente foi esmagada.

·        Gerente agrícola da fazenda notou que a operação da máquina estava diferente e viu o trator circulando sozinho.

·        Testemunhas relataram à PM que o jovem teria caído do trator e sido esmagado.

·        Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo pericial para determinar as circunstâncias e a causa da morte.

Um jovem de 27 anos morreu em um acidente de trabalho em uma fazenda na zona rural de Patrocínio, na tarde de sexta-feira (9/05). Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima operava um trator no momento do acidente e possivelmente foi esmagada.

De acordo com o boletim de ocorrência, o gerente agrícola da fazenda contou aos militares que notou, à distância, que a operação da máquina estava diferente. Ao se aproximar, viu o trator circulando sozinho, enquanto o trabalhador estava caído no chão.

Testemunhas relataram à PM que o jovem teria caído do trator e sido esmagado.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e constatou que a vítima sofreu traumatismo craniano e possível esmagamento dos membros inferiores.

Em nota, a Polícia Civil informou que a perícia compareceu à fazenda para realizar os procedimentos necessários. Em seguida, o corpo foi levado para o Posto Médico-Legal (PML), onde passará por exames.

A Polícia Civil também declarou que aguarda a conclusão do laudo pericial para determinar as circunstâncias e a causa da morte. Fonte: g1 Triângulo — Patrocínio-10/05/2025

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FAZENDEIRO MORRE AO SER PUXADO PARA DENTRO DE COLHEITADEIRA DE CAFÉ

RESUMO

·        Um homem de 60 anos morreu ao ser puxado para dentro de uma colheitadeira de café em uma fazenda na tarde de sábado (2).

·        Ele era o dono da propriedade, localizada a cerca de 40 quilômetros de Patos de Minas, no Alto Paranaíba.

·        Por volta das 15h, duas equipes do Corpo de Bombeiros foram até a fazenda, localizada entre o distrito de Santana de Patos e Guimarânia, para atender a um acidente com uma máquina agrícola.

·        Segundo os bombeiros, a suspeita é que o dono da fazenda trabalhava na colheitadeira de café e, ao tentar desembuchar a máquina, foi puxado para dentro do equipamento.

·        O médico do Samu de Patrocínio confirmou a morte no local.


Um homem de 60 anos morreu ao ser puxado para dentro de uma colheitadeira de café em uma fazenda na tarde de sábado (2). Ele era o dono da propriedade, localizada a cerca de 40 quilômetros de Patos de Minas, no Alto Paranaíba.

Por volta das 15h, duas equipes do Corpo de Bombeiros foram até a fazenda, localizada às margens da BR-365, entre o distrito de Santana de Patos e Guimarânia, para atender a um acidente com uma máquina agrícola.

Segundo os bombeiros, a suspeita é que o dono da fazenda trabalhava na colheitadeira de café e, ao tentar desembuchar a máquina, foi puxado para dentro do equipamento. O médico do Samu de Patrocínio confirmou a morte no local.

Após a perícia da Polícia Civil, os bombeiros retiraram o corpo da colheitadeira e o entregaram à funerária de Guimarânia. Fonte: g1 Triângulo — Patos de Minas - 03/08/2025

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segunda-feira, setembro 01, 2025

ESCALPELAMENTO: A TRAGÉDIA QUE SEGUE ASSOLANDO RIBEIRINHOS

 Acidentes com barcos fizeram centenas de vítimas no Pará nas últimas décadas, a maioria mulheres. Afetados enfrentam dificuldade de acesso a tratamentos e estigmatização.

Por trás da adoção generalizada de barcos como transporte pelas comunidades ribeirinhas na Amazônia, está um acidente que marca toda uma vida. No Pará, centenas de pessoas foram vítimas nas últimas décadas do chamado escalpelamento.

Por décadas, a ocorrência do escalpelamento foi esquecida, e o amparo a quem sofreu os acidentes dependeu da boa vontade de médicos que organizavam mutirões voluntários para realização de cirurgias. Desde 2010, 28 de agosto passou a ser o Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento. Desde então, medidas para combater o problema, em especial a fiscalização para que motores dos barcos não operem descobertos, são apontadas como responsáveis por uma queda no número de casos.

Um estudo de janeiro de 2024 feito pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) contabilizou 483 ocorrências de escalpelamento no Pará entre os anos 1960 e 2022. O maior número de casos (22) foi registrado em 2009. Dentre as vítimas, 98% são mulheres, com uma predominância de 67% entre crianças e adolescentes de 2 a 18 anos de idade.

Em menor grau, Amapá e Amazonas são outros estados afetados pelo problema. Com dificuldade na notificação já que os registros não são obrigatórios, há ampla visão de que os números são subnotificados.

"MUDA A NOSSA VIDA"

Raíza Oliveira, hoje com 23 anos, sofreu escalpelamento quando tinha apenas oito anos de idade. "A partir do momento que sofremos o acidente, muda a nossa vida".Moradora ribeirinha do interior do Pará, ela tem de se deslocar para Belém para realizar os tratamentos na Santa Casa de Misericórdia. Cada trecho da viagem, feita às vezes duas vezes por mês, dura quase um dia.

Além das cirurgias iniciais de reconstrução plástica, as vítimas demandam amplo apoio psicológico e outros acompanhamentos, como das funções neurológicas e auditivas, muitas vezes comprometidas no acidente.

"A retomada da autoestima é muito difícil, são sequelas por toda a vida. Há uma tentativa de acolher as vítimas, mas é complicado haver uma reconstrução total. O impacto nestas pessoas é muito significativo, afetando inclusive questões emocionais", afirma Flávia Lemos, professora de Psicologia Social da Universidade Federal do Pará (UFPA).

VÍTIMAS COMO CULPADAS

Uma queixa constante no meio é um tipo de visão que tende a culpar as vítimas pelos acidentes. Especialistas apontam que é constante a postura das populações locais que responsabiliza as jovens por supostamente não se cuidarem. Neste sentido, o julgamento reduz o impulso para que estas pessoas reivindiquem seus direitos e busquem novas reparações.

"Nós começamos mais tímidas, já que as pessoas falam que é nossa a responsabilidade pelo acidente", conta Oliveira. Engajada no tema, a jovem observa que a mobilização melhorou nos últimos anos, com muitas vítimas se articulando através de redes sociais para trocar informações e fortalecer a causa em prol de suas demandas.

"O conhecimento sobre os acidentes melhorou, vemos isso como uma conscientização. Há dez, 15 anos, tudo era mais difícil. Mesmo assim, ainda se culpa muito as vítimas, e há certo preconceito com as ribeirinhas", conta.

Na visão de Lemos, o fato de o escalpelamento normalmente ser causado por um cabelo grande e solto acaba contribuindo para uma maior culpabilização das vítimas, uma vez que há visão de que houve desleixo por parte das envolvidas.

ACOMPANHAMENTO CONSTANTE

Oliveira frequenta o Espaço Acolher na Santa Casa de Belém, que virou uma grande referência estadual no atendimento às vítimas de escalpelamento e no acompanhamento posterior aos cuidados iniciais. Criado em 2006, o núcleo faz parte do Programa de Atendimento Integral às Vítimas de Escalpelamento (Paives), uma iniciativa do Pará para concentrar as vítimas e padronizar o atendimento.

Jureuda Guerra, psicóloga hospitalar que atende no Acolher, lembra que, entre a década de 1960 e o começo dos anos 2000 não havia protocolo de atendimento nos casos de escalpelamento. Como resultado, vítimas deixavam por vezes de realizar exames importantes, como ressonância magnética e tomografia craniana. Hoje, a partir do atendimento inicial nas unidades mais próximas de saúde, há um encaminhamento à Santa Casa.

Por sua vez, em um estado em que o tempo percorrido até a capital partindo de zonas ribeirinhas pode chegar facilmente a dois dias, o deslocamento para seguir com os tratamentos é um grande desafio. "Tenho casos de crianças que não vem há mais de três anos, e seguem perdendo as consultas", conta Guerra.

Os pacientes dependem do chamado TFD – Tratamento Fora de Domicílio, custeio para o deslocamento que é de responsabilidade dos munícipios. No entanto, a psicóloga afirma que muitas prefeituras não repassam os valores às vítimas e criam impedimentos para a viagem à capital.

Mesmo depois de adultos, as pacientes costumam seguir dependendo de acompanhantes para realizar os deslocamentos, tornando a viagem mais complicada. Durante o trajeto, as vítimas podem ter crises de encefaleia, que podem, por exemplo, ocasionar em desmaios ou situações mais graves.

Sobre a viabilidade de realizar tratamentos mais próximos às regiões ribeirinhas, Guerra é cética e não crê que é uma alternativa, uma vez que as unidades locais não oferecem a mesma estrutura presente na capital. Fonte: DW - quinta-feira, 28 de agosto de 2025

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quarta-feira, agosto 06, 2025

ACIDENTES COM PATINETES ELÉTRICOS DISPARAM NA ALEMANHA

O número de acidentes envolvendo vítimas com patinetes elétricos na Alemanha chegou a 11.944 mil em 2024, um aumento de 26,7% em relação ao ano anterior e de 44% em comparação com 2023, segundo informações do Departamento Federal de Estatísticas (Destatis).

Destes, 1,5 mil pessoas ficaram gravemente feridas e 11,4 mil sofreram ferimentos leves. O número de mortos também cresceu: foram 27 vítimas fatais em 2024, ante 22 no ano anterior e 11 em 2022.

No país, as chamadas e-scooters são cada vez mais comuns e podem ser alugadas facilmente via aplicativo para circular nas principais cidades. O número de pessoas que possuem um patinete próprio cresceu 37% em 2024.

A crescente popularidade do meio de transporte vem gerando atritos no trânsito e também acidentes devido à falta de experiência ao conduzir um patinete elétrico ou desatenção às normas.

JOVENS DE ATÉ 25 ANOS SÃO QUASE METADE DAS VÍTIMAS

No último ano, quase um terço dos acidentes e metade das mortes ocorreram sem envolvimento de outro veículo ou pedestres, ou seja, o piloto se acidentou sozinho.

Nos sinistros com mais de um veículo envolvido, os condutores dos patinetes foram considerados culpados em quase metade das vezes – número que cresce nas colisões com bicicletas (73%) e com pedestres (88%). Jovens de até 25 anos são quase metade das vítimas.

Apesar de ser proibido conduzir um patinete elétrico com mais de uma pessoa, 4,7% dos envolvidos em acidentes eram passageiros.

Os sinistros têm múltiplas causas, sendo a principal delas o uso inadequado da via ou a condução em calçadas, o que é irregular.

O consumo de álcool também continua sendo um problema grave.

Em 2024, a polícia constatou que 12,4% dos condutores de patinetes elétricos envolvidos em acidentes estavam sob efeito de álcool.

Em comparação, a taxa era de 7,8% entre ciclistas. A tolerância ao álcool para pilotar um patinete é zero para menores de 21 anos e recém-habilitados.

Apesar de conduzir uma scooter com duas pessoas ser proibido, parte dos acidentes acontece com passageiros.

CONSUMO DE ÁLCOOL É PRINCIPAL CAUSA DE ACIDENTES GRAVES

Um estudo da Universidade Técnica de Munique, publicado em maio deste ano, indica que 62% das vítimas graves com patinetes elétricos tinham álcool no sangue no momento do acidente. 78% eram homens, e mais da metade dos sinistros ocorreram durante a noite.

"Um bom ponto de partida seria uma educação direcionada sobre os riscos de lesões graves na cabeça, especialmente para grupos de alto risco", defendeu o coautor do estudo, Michael Zyskowski, em nota publicada pela universidade.

E-scooters são autorizadas na Alemanha desde 2019. Para conduzir, é necessário possuir seguro e ter mais de 14 anos. Carteira de motorista ou uso de capacete não são obrigatórios.

Para Zyskowski, o regulamento poderia ser mais restritivo. "Para melhorar a segurança rodoviária, seria razoável limitar a disponibilidade de patinetes [para aluguel] à noite e em áreas de alto risco, além de reduzir a velocidade máxima em determinados horários", afirma o pesquisador.

Segundo ele, o foco deve ser dificultar o uso desses veículos sob efeito de álcool, como por meio de testes de reação ao alugar o patinete pelo celular.

"Também devemos explorar a possibilidade de leis obrigatórias sobre o uso de capacete, como as recentemente introduzidas na Itália", disse ele.

Apesar do aumento acentuado, os patinetes elétricos ainda representavam uma parcela relativamente pequena dos acidentes rodoviários totais. Dos 290.701 acidentes de trânsito com vítimas em 2024, apenas 4,1% envolveram uma scooter elétrica. Fonte: DW - 04/08/20254 de agosto de 2025

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quarta-feira, julho 30, 2025

EMPRESA QUE NÃO TREINOU EMPREGADO TEM CULPA EXCLUSIVA EM ACIDENTE DE TRABALHO

 A ausência de treinamento prévio faz com que a presunção de culpa por um acidente de trabalho recaia exclusivamente sobre a empresa, ainda que o trabalhador possa ter cometido ato inseguro. Com esse entendimento, a Justiça do Trabalho de SC negou o recurso de uma madeireira de Palma Sola (SC) em ação proposta por um empregado que perdeu três dedos da mão esquerda num acidente ocorrido em 2018.

O acidente aconteceu enquanto o trabalhador e outros três empregados usavam uma prensa de chapas de compensado. Ao tentar acomodar uma das chapas com as mãos, no interior da máquina, o empregado teve três dedos esmagados. A empresa alegou que o equipamento não apresentava problemas e atribuiu o acidente a um erro do próprio empregado, argumentando que o movimento não fazia parte dos procedimentos de operação da máquina.

Ao analisar o caso, o juiz Alessandro Friedrich Saucedo (VT de São Miguel do Oeste) condenou a empresa a pagar um total de R$ 48 mil ao trabalhador, valor que inclui indenização por dano moral e pensão mensal pela perda parcial da capacidade laborativa. Para o magistrado, o alto grau de risco da atividade atrai a responsabilidade do acidente para a madeireira, que não conseguiu demonstrar a culpa exclusiva do trabalhador.

“Entendo que a responsabilidade do empregador é objetiva, pois a atividade desenvolvida pelo autor expôs a riscos excessivos, além daqueles aceitáveis a que estão expostas todas as pessoas”, apontou o juiz, destacando que uma das testemunhas confirmou ser necessário, às vezes, ajustar as chapas manualmente. “Não é possível constatar qualquer conduta da vítima que configurasse ato inseguro durante seus afazeres”, concluiu o magistrado.

FALTA DE TREINAMENTO

A empresa recorreu e o caso voltou a ser julgado, desta vez na 5ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), que também não aceitou o argumento de causa exclusiva do empregado. Na visão do colegiado, o fato de o trabalhador ter recebido apenas um treinamento geral — e não uma capacitação específica para operar a máquina que o vitimou — impede que ele seja responsabilizado pelo acidente. 

“Para que ao empregado seja imputada a prática de ato inseguro, é necessária a comprovação de que este detinha plena ciência quanto à correta operação do equipamento, mas negligenciou as normas procedimentais”, afirmou a desembargadora-relatora Ligia Maria Teixeira Gouvêa. ”Julgo que a culpabilidade recai exclusivamente sobre o empregador, por não ter demonstrado o treinamento do trabalhador para executar de forma segura a sua função.”

Não houve recurso da decisão.

Fonte; Secretaria de Comunicação Social - TRT/SC - 17/03/2020

Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região SC

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sexta-feira, julho 04, 2025

MORTES DE OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM SP AUMENTAM

Acidentes no setor no estado subiram de 10.725 para 11.987 no mesmo período, segundo dados de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) na plataforma do governo federal eSocial.

 Número de acidentes com mortes no setor da construção civil aumentou de 52, em 2023, para 57, em 2024, em São Paulo, o equivalente a 10%.

· Dados são de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) na plataforma do governo federal eSocial.

·  Atividades com mais acidentes e, consequentemente, mortes são construção de edifícios, incorporação de empreendimentos imobiliários e serviços de engenharia.

O número de operários do setor da construção civil no estado de São Paulo que morreram no trabalho aumentou nos últimos anos. Em 2023, foram registrados 10.725 acidentes, que ocasionaram 52 mortes. Em 2024, as ocorrências saltaram para 11.987, com 57 óbitos.

Em 2025, só nos quatro primeiros meses, já são 4.010 acidentes com 15 mortes. Os dados são de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) na plataforma do governo federal eSocial, registro oficial de acidente ou doença ocupacional ocorrido com um trabalhador feito pelo empregador.

O documento apresenta dados de CATs no setor da construção civil no estado de São Paulo com base nos CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) mais comuns do setor.

As atividades com mais acidentes e, consequentemente, mortes são construção de edifícios, incorporação de empreendimentos imobiliários e serviços de engenharia.

·   Construção de edifícios: 2.301 acidentes e 8 mortes em 2023; em 2024, foram 2.590 acidentes e 12 óbitos.

·   Incorporação de empreendimentos imobiliários: 2.196 acidentes e 9 mortes em 2023; em 2024, foram 2.573 acidentes e 10 óbitos.

·  Serviços de engenharia: 916 acidentes e 3 mortes em 2023; em 2024, foram 998 acidentes e 7 óbitos.

Na segunda-feira (19), três operários morreram após a queda de um elevador de carga na obra de um condomínio residencial Reserva Raposo, na Zona Oeste de São Paulo.

AUMENTO DE 14% NOS ACIDENTES EM 2025

Os números de acidentes, no entanto, podem ser maiores, segundo a coordenadora-geral de fiscalização em segurança e saúde no trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Viviane de Jesus Forte.

Em uma reunião ao vivo transmitida online em 28 de abril, no dia da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho, ela chamou atenção para a subnotificação e falta de padronização nos procedimentos de registro de acidentes.

"O setor de construção civil se destaca na geração de ocorrências de acidentes fatais", disse ela, na ocasião.

Diferentemente do eSocial, onde o registro é feito pelo empregador, os dados de acidentes trabalhistas fornecidos pela Secretaria da Saúde do estado são registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Ou seja, esses dados são cadastrados e notificados pelos municípios, cabendo a eles também a investigação destes casos.

Dados da pasta da Saúde de São Paulo também mostram o aumento nos acidentes de trabalho em atividades da construção civil em 2025.

O estado registrou um aumento de 13,9% nos acidentes de trabalho em atividades da construção civil até março de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Até março deste ano, 377 casos foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. O número equivale a mais de quatro acidentes por dia. Em todo o ano passado, foram 1.390 casos de acidentes de trabalho no setor. 

Dados de CATs no setor da construção civil no estado de São Paulo com base nos CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) mais comuns do setor. Fonte: g1 SP — São Paulo - 20/05/2025

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sexta-feira, maio 23, 2025

REDE ELÉTRICA TEVE 685 ACIDENTES EM 2024

 REDE ELÉTRICA TEVE 685 ACIDENTES EM 2024, MENOR NÚMERO EM OITO ANOS

O Brasil teve 685 casos de acidentes envolvendo a rede elétrica em 2024. O dado representa redução de 12,4% ante os 782 registros de 2023 e é o menor patamar desde 2017, quando começou o levantamento anual da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).

As informações foram divulgadas na quinta-feira (22) e trazem um alerta: enquanto caiu o número de acidentes, aumentou a quantidade de mortes, de 250 para 257.

No primeiro ano da pesquisa da Abradee, foram relatados 863 acidentes – fatais e não fatais. Nos anos seguintes, os episódios apresentaram comportamento de oscilação, alternando altas e baixas:

 ACIDENTES NA REDE ELÉTRICA

2017  863

2018  891

2019  780

2020  826

2021  836

2022  756

2023  782

2024  685

Em 2024, além de 257 mortes, houve 224 acidentes com lesões graves e 204 com lesões leves. Entre os principais motivos de ocorrências figuram:

·        construção ou manutenção predial: 259

·        cabo energizado no solo: 79

·        furto de condutor / equipamento: 40

·        operação de equipamentos em áreas agrícolas: 36

Em se tratando de episódios com morte, as principais ocorrência envolveram:

·        construção ou manutenção predial: 65

·        cabo energizado no solo: 37

·        furto de condutor / equipamento: 29

·        operação de equipamentos em áreas agrícolas: 20

·        ligação elétrica clandestina (furto): 16

De acordo com o presidente da Abradee, Marcos Madureira, em geral, os acidentes na construção civil acontecem quando não há uma análise correta dos riscos elétricos ou quando não se adotam práticas seguras durante a execução das tarefas.

“Alguns exemplos desses riscos incluem a construção de edificações abaixo ou muito próximas a redes elétricas, o uso de escadas metálicas ou vergalhões em locais com proximidade da fiação. São situações que não podem ser negligenciadas pelos profissionais da área”, disse o presidente da Abradee.

Em relação aos acidentes com cabos energizados no solo, Madureira explica que grande parte desses casos foi provocada pela queda de árvores sobre fio, devido a ventos fortes, ou por batidas de veículos em postes.

“Em muitas situações, o cabo não chega a tocar o solo, ficando suspenso ou parcialmente escondido, o que dificulta a percepção do perigo”, descreve. “Um dos pilares da nossa campanha é justamente orientar a população a nunca se aproximar de fios caídos e a acionar imediatamente a distribuidora da sua região”, completa.

PREOCUPAÇÃO COM MORTES

A Abradee reúne 42 concessionárias de distribuição de energia elétrica, estatais e privadas, responsáveis pelo abastecimento de mais de 90 milhões de clientes, o que representa uma cobertura de 99,6% dos consumidores brasileiros.

A redução de 12,4% no número de acidentes não tira a preocupação com a gravidade deles, de acordo com o presidente da Abradee, Marcos Madureira.

 “Os números mostram que ainda temos um longo caminho pela frente. O aumento dos acidentes fatais é um sinal claro de que precisamos intensificar o trabalho de orientação sobre os perigos da rede elétrica. Nosso compromisso de chegar a zero acidentes permanece”, diz.

Para ajudar a chegar a esse objetivo, a associação lança mais uma edição da campanha nacional de segurança para a prevenção de acidentes com a rede elétrica. A campanha conta com material de distribuição e um site exclusivo.

Serão realizadas ações direcionadas como workshops e videoaulas específicas para profissionais da construção civil. “Queremos levar conhecimento a quem mais precisa dele no dia a dia”, diz Madureira.

REDES SUBTERRÂNEAS

Madureira aponta que a implantação de redes subterrâneas é um fator que pode levar a mais segurança das redes elétricas. “De fato, uma alternativa importante para a modernização das redes elétricas, especialmente em áreas urbanas com alta densidade populacional”.

No entanto, acrescenta ele, trata-se de uma solução de alto custo — cerca de oito vezes mais cara que as redes aéreas — e de grande complexidade técnica, o que exige planejamento conjunto entre prefeituras, distribuidoras e órgãos reguladores.

“Sempre que for tecnicamente viável e economicamente justificável, o aterramento da rede deve, sim, ser considerado. Ele pode contribuir significativamente para a segurança, confiabilidade e estética urbana”, afirma.

CARTILHA

A orientação educativa da Abradee adota o slogan “Movimento zero acidentes. A segurança com a rede elétrica começa por você”.

Confira algumas recomendações:

·        Em casa: não sobrecarregue as tomadas; não manuseie aparelhos com mãos ou corpo molhado.

·        Na rua: afaste-se de fios caídos e chame a distribuidora imediatamente; não tente remover objetos da rede elétrica.

·        Nas obras: atenção redobrada com escadas, vergalhões e ferramentas próximas à rede elétrica; sinalize locais com risco elétrico; contrate eletricistas capacitados para lidar com a rede; use os EPIs exigidos para qualquer atividade elétrica.

·        Ao soltar pipa: solte pipas em locais abertos, longe da fiação; nunca use cerol, ele é condutor e perigoso.

·        Nas regiões agrícolas: mantenha distância da rede elétrica ao operar máquinas agrícolas; evite usar eletricidade com solo molhado ou sob chuva.

·        Ao podar árvores: a poda em via pública deve ser feita pela prefeitura; se houver fios enroscados em galhos, não tente mexer, informe a distribuidora ou a prefeitura.

·        Inundações: nunca toque em equipamentos elétricos em áreas alagadas; só religue a energia após vistoria de um técnico.

·        Vendavais e queda de árvores: fique longe de postes ou fios danificados; não tente retirar galhos em contato com a rede. Fonte: Agência Brasil - Publicado em 22/05/2025


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domingo, março 16, 2025

TRABALHADOR ATROPELADO POR COLEGA QUE PILOTAVA EMPILHADEIRA

TRABALHADOR ATROPELADO POR COLEGA QUE PILOTAVA EMPILHADEIRA DEVE SER INDENIZADO

Um operador de empilhadeiras que foi atropelado por um colega que pilotava o equipamento deve receber indenização por danos morais e materiais. Ele sofreu esmagadura e fratura do tornozelo direito, perdendo 6,5% da sua capacidade de trabalho, de forma definitiva.

A decisão é da 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS).  Para os desembargadores, houve nexo causal entre o acidente e o trabalho, além da responsabilidade civil do empregador, uma empresa do setor de frigoríficos. O acórdão confirma, no aspecto, sentença do juiz Marcelo Caon Pereira, da 3ª Vara do Trabalho de Passo Fundo.

A reparação por dano moral foi fixada em R$ 15 mil. Já o dano material deverá ser indenizado em forma de pensão mensal vitalícia, correspondente a 6,5% da última remuneração, até que o autor complete 82 anos de idade —  expectativa de vida para os homens, segundo o IBGE. No entanto, o acórdão determina o pagamento da pensão em parcela única, no valor de R$ 65 mil.

EMPREGADORA

Na defesa, a empregadora argumentou que sempre forneceu aos empregados equipamentos de proteção de boa qualidade e treinamentos, além de promover diálogos diários sobre normas de segurança. Afirmou que o acidente foi causado por conduta insegura do autor, pois ele estaria distraído em local de circulação de paleteiras e empilhadeiras.

TESTEMUNHAS

No entanto, testemunhas ouvidas no processo afirmaram que o colega que manejava o aparelho no momento do acidente não tinha preparo específico para a função. Confirmaram que a empresa estava ciente da situação desse empregado, pois o próprio supervisor das atividades o autorizava a operar as empilhadeiras. Além disso, ainda segundo os depoimentos, o local do acidente não era exclusivo para máquinas, e outros dois casos semelhantes ocorreram no mesmo ambiente.

FRIGORÍFICO RECORRE DA SENTENÇA

Após a sentença, o frigorífico recorreu ao Tribunal. A 5ª Turma, contudo, ratificou que a empresa não adotou todas as medidas para promover um ambiente de segurança efetiva e duradoura. Conforme o relator do acórdão, desembargador Manuel Cid Jardon, foi reconhecido “o dano, o nexo causal com o trabalho e a culpa da reclamada na ocorrência do acidente, por negligenciar sua obrigação legal e contratual de preservar a saúde e a segurança do trabalhador”.

A decisão foi unânime no colegiado. Também participaram do julgamento os desembargadores Cláudio Antônio Cassou Barbosa e Angela Rosi Almeida Chapper. A empresa já recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).  Fonte: Secom TRT-4  - Publicada em: 23/09/2021

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EXPLOSÃO EM FÁBRICA DE SC FERE TRABALHADORES

A explosão ocorreu por volta das 13h30 de quinta (6), no bairro Volta Redonda, numa empresa de Araquari, no Norte de Santa Catarina. Ela atua no ramo de artefatos de borracha. De acordo com a Defesa Civil Municipal, a explosão ocorreu enquanto uma mangueira era conectada no caminhão para descarga da matéria-prima.

O veículo estava carregado com tolueno, um produto químico inflamável usado na fabricação de polímeros e borracha.

VÍTIMAS

Os feridos são sete funcionários da empresa e o motorista do caminhão. Um trabalhador de 39 anos, que não teve o nome divulgado, é o único que segue no hospital.

Ele foi encaminhado ao Hospital São José em Joinville com queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus.  Ele teve 90% do corpo queimado e estava em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

Os sete feridos precisaram de atendimento médico depois de inalarem fumaça. Eles foram encaminhados para o pronto-atendimento de Araquari. Um homem e duas mulheres ficaram em observação, mas já foram liberados.

EMPRESA

A empresa New Prots, espera a conclusão da perícia para se manifestar e informou que está prestando todo o suporte aos funcionários afetados. A assistência foi confirmada pela Defesa Civil.

A Prefeitura de Araquari informou que a Defesa Civil realizou uma vistoria na fábrica e atestou que a empresa está com toda a documentação em dia e possui o alvará do Corpo de Bombeiros Militar para funcionamento. A New Prots foi recomendada a implantar uma brigada de combate a incêndio. Fonte: g1 SC e NSC TV - 07/03/2025   

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quarta-feira, novembro 13, 2024

PESQUISA QUESTIONA BENEFÍCIO DAS MESAS PARA TRABALHAR DE PÉ


Pelo menos no que diz respeito a doenças circulatórias, ficar muito tempo em pé não é melhor do que passar longos períodos sentado, concluem cientistas.

Ficar sentado por muito tempo não é bom, e por isso muitas pessoas estão recorrendo às mesas para trabalhar de pé, seja no home office, seja no escritório.

No entanto, um estudo recente conduzido por cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, descobriu que, pelo menos no que diz respeito a doenças circulatórias, ficar muito tempo em pé não é melhor do que ficar muito tempo sentado.

Os autores do estudo coletaram dados de mais de 83 mil adultos do Reino Unido ao longo de sete anos e, em alguns casos, oito anos. Os participantes do estudo usaram dispositivos em seus pulsos para registrar seus movimentos e não tinham nenhuma doença cardíaca no início do estudo.

EFEITOS NEGATIVOS DE FICAR MUITO TEMPO DE PÉ

"No geral, nossos resultados indicam que aumentar o tempo em pé não reduz o risco de doenças cardiovasculares graves", escrevem os autores do estudo. Em outras palavras: ficar em pé no trabalho não serve para compensar um estilo de vida sedentário.

Pelo contrário, ficar muito tempo em pé pode até mesmo ter vários efeitos negativos: mais de duas horas por dia aumenta o risco de quedas repentinas na pressão arterial, varizes, insuficiência venosa crônica e trombose venosa.

Portanto, de acordo com o estudo, "as estratégias que aconselham a simples substituição da posição sentada prolongada pela posição em pé, por exemplo com o uso de mesas para trabalhar em pé nos escritórios, podem não atingir seu objetivo."

ENTÃO SENTAR É MELHOR DO QUE FICAR EM PÉ?

Mas quem fica sentado por mais de dez horas por dia corre os mesmos riscos. Além disso, ficar sentado por muito tempo aumenta o risco de doenças cardiovasculares graves, principalmente doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e AVC.

Um dos autores do estudo, o cientista Matthew Ahmadi, da Universidade de Sydney, já havia publicado, com outros cientistas, um outro estudo sobre ficar sentado em meados deste ano.

Num estudo com mais de 73 mil adultos, os pesquisadores investigaram até que ponto o comportamento sedentário afeta o risco de se morrer de uma doença cardiovascular. Eles chegaram à conclusão de que pessoas que ficam muito tempo sentadas correm um risco maior.

BOM MESMO É SE EXERCITAR

A equipe também queria saber quanta atividade física é necessária para reduzir esse risco. Mais especificamente, os pesquisadores determinaram as seguintes fórmulas:

Quem tem um trabalho sedentário, mas diariamente pratica;

·        uma atividade física vigorosa por pelo menos seis minutos,

·        ou uma atividade física intensa por pelo menos 30 minutos,

·        ou uma hora de atividade física moderada,

·        ou então pelo menos uma atividade física leve por mais de uma hora e meia,

reduz o seu risco de morte por doença cardiovascular.

Pessoas que passam um tempo muito longo sentadas, ou seja, mais de 11 horas por dia, precisam se exercitar ainda mais intensamente.

Portanto, ir a pé ou de bicicleta para o trabalho é muito melhor do que ter uma mesa para trabalhar de pé no escritório. E uma caminhada no intervalo do almoço também ajuda a manter a saúde física. Fonte: Deutsche Welle – 28/10/2024

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domingo, outubro 20, 2024

EXPLOSÃO EM TREM CAUSA PÂNICO NOS PASSAGEIROS EM SÃO PAULO


 Na noite de segunda-feira (14) uma explosão em um trem da linha 9 Esmeralda da CPTM causou pânico entre os passageiros. O caso aconteceu na estação Granja Julieta, no bairro de Chácara Santo Antônio, em São Paulo.

Durante o incidente, um funcionário alertou os usuários para não tocarem nas barras de ferro da composição, pois explosões estavam ocorrendo dentro do vagão.

A concessionária ViaMobilidade, responsável pela linha, divulgou uma nota oficial afirmando que o incêndio foi rapidamente controlado. Os agentes da empresa auxiliaram na evacuação segura dos passageiros, que continuaram a viagem em outra composição. Uma investigação foi iniciada para apurar as causas do curto-circuito que levou às explosões. Fonte: Tupi FM - Publicado em 15/10/24  






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segunda-feira, agosto 19, 2024

PAI MORRE TENTANDO SALVAR FILHAS APÓS CARRINHO CAIR NOS TRILHOS DO TREM

 


Um homem de 40 anos morreu tentando salvar as filhas gêmeas do atropelamento de trem na Austrália. Uma das crianças, de dois anos, também morreu.

O QUE ACONTECEU

O carrinho caiu nos trilhos segundos após o pai tirar a mão dele . Segundo o superintendente da polícia de Nova Gales do Sul,  o carrinho rolou e caiu automaticamente" na linha férrea. O pai pulou para tentar retirar as crianças antes da chegada do trem , mas foi atingido. O caso ocorreu na estação de trem de Carlton, em Sydney, no domingo (21).

A criança que sobreviveu ficou presa embaixo do trem. Equipes de resgate foram acionadas e socorreram a menina, que não corre risco de vida.

Mãe das crianças presenciou acidente. Vídeos divulgados pela polícia de Nova Gales do Sul mostram que a esposa chegou com ele à estação por volta das 12h do domingo (23h do sábado, no Brasil).

O superintendente disse que a mãe das meninas, que não se feriu, testemunhou a tragédia e ficou "incrivelmente traumatizada".

O trem tinha partido de Cronulla e estava em alta velocidade porque seguia em direção a estação central de Sydney e não pararia em Carlton. O maquinista tentou frear, mas não conseguiu parar a tempo.

A menina sobreviveu "milagrosamente", afirmou o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul. A polícia chegou ao local dois minutos após a ligação para o número de emergência e socorreu uma das sobreviventes.

O casal de origem indiana se mudou  recentemente para a Austrália em 2023.  Os amigos  do homem lamentaram a morte dele nas redes sociais.

O pai pulou para tentar pegar as crianças. Quando ele estava tentando jogar o carrinho de volta na plataforma, o trem chegou, disse uma testemunha. Fontes: UOL, em São Paulo - 22/07/2024 12h04; Sky News - Sunday 21 July 2024

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Modelos de acionamento de freio

Pressiona a barra das travas das rodas traseiras para baixo até travar. Para liberar, proceda inversamente


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domingo, agosto 18, 2024

DRONE SUBSTITUI SER HUMANO NA INSPEÇÃO DE TORRE DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA

A pedido de uma companhia de energia elétrica, o Instituto Eldorado, um dos maiores centros de pesquisa do Brasil, criou uma forma de drones fazerem inspeções em torres de energia. A atividade é perigosa para os funcionários, devido à possibilidade de choques elétricos e até quedas de grandes alturas.

Existe um risco de acidentes com pessoas que sobem em torres [de energia] para verificar se há oxidação Mateus Pierre, diretor de software e inovação do Instituto Eldorado. O centro de pesquisa fica em Campinas (SP).

Diferentes sensores foram implantados no drone para coletar sinais do mundo externo. A partir daí, esses componentes foram integrados por meio de um sistema de inteligência artificial embutido no drone.

Tudo isso permite que a máquina voadora identifique a torre a ser inspecionada, vá até ela, mantenha uma distância segura devido ao campo magnético e fotografe os objetos a serem inspecionados.

Essas imagens são processadas dentro do drone sem a necessidade de serem enviadas para a nuvem. A própria máquina cria um relatório sobre as peças aptas para uso e aquelas que devem ser trocadas ou consertadas.

Devido a um acordo de confidencialidade, Pierre não revela o nome da empresa de energia elétrica que contratou o projeto.

OUTROS DISPOSITIVOS

Além do drone, o Instituto Eldorado criou um veículo autônomo para executar tarefas similares à máquina voadora, mas no chão. Dada uma rota, o carrinho segue o percurso até seu destino. Usa seus sensores para evitar obstáculos e entraves.

São dois bons exemplos de trabalhar diferentes tecnologias com o propósito de criar um produto que vai ser útil e vai ajudar as empresas a abordar problemas que têm hoje, disse Mateus Pierre, diretor do Instituto Eldorado

Ambos os projetos estão relacionados com o conceito de inovação aberta. O pesquisador afirma que o mundo vive atualmente uma era exponencial, na qual uma única empresa tem dificuldade para dominar todas as tecnologias e, trabalhar em parceria com organizações com diferentes espectros de desenvolvimento ajuda na produção de seus próprios equipamentos. Fonte: UOL - Tilt, de São Paulo - 16/08/2024

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sexta-feira, agosto 16, 2024

FAMÍLIA MORTA POR VAZAMENTO DE GÁS

 A morte de quatro pessoas de uma mesma família – incluindo uma criança e uma adolescente – por suspeita de intoxicação por monóxido de carbono em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, no Dia dos Pais (11 de agosto), poderia ser evitada. Conforme o tenente Barcellos, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado, uma série de regras de segurança devem ser seguidas com relação a instalação correta do equipamento. Saber como identificar vazamento de gás e o que fazer também é crucial para evitar mortes, principalmente no período de inverno em que o frio aumenta o uso de aquecedores e lareiras.

“Quando a gente fala em vazamento de gás, são dois grandes riscos, principalmente intoxicação e explosão. Caso o gás seja tóxico, como é o monóxido de carbono (CO), acontece um tipo de asfixia. Ele combina na corrente sanguínea e rouba oxigênio do organismo. Então, a pessoa não processa oxigênio suficiente e é intoxicada”, explica Barcellos. Segundo o socorrista, na maioria das vezes, como o monóxido de carbono não tem cheiro, as vítimas não percebem que estão sendo afetadas.

VAZAMENTO DE GÁS EM AQUECEDORES: COMO PREVENIR?

O tenente Barcellos reforça que existe uma norma técnica brasileira que delimita, detalhadamente, como um aquecedor tem que ser instalado em uma residência. Segundo esses parâmetros, os equipamentos devem ficar em espaços arejados, e o recomendado é que o duto de saída do gás fique virado para fora da casa.

ERRO DE INSTALAÇÃO

“Em Uberlândia, houve, sem dúvida, um erro na instalação ou na manutenção do aquecedor. O equipamento, seja de gás natural ou gás de cozinha, precisa seguir as normas técnicas. São elas que vão delimitar o tamanho da cabine; a chaminé virada para fora; as manutenções necessárias; o local onde o aparelho vai ficar – que deve ser amplamente ventilado e não dentro do banheiro, por exemplo”, orienta o militar.

O síndico do condomínio Relatou que a morte da família foi causada pelo vazamento de gás do aquecedor da própria residência, instalado de forma incorreta.

VEJA A NOTA DO CONDOMÍNIO NA ÍNTEGRA.

 "O Condomínio Residencial Parque Umá, através de sua Administração, vem a público informar sobre os fatos ocorridos na data de 11/08/2024, ocasionando o falecimento de todos os membros de uma única família.

A Família estava se preparando para as festividades do Dia dos Pais, ocorre que, devido a uma queima de gás ocorrida no aquecedor a gás instalado indevidamente no chuveiro da residência, houve o vazamento de monóxido de carbono para dentro dos demais cômodos, assim ocorrendo a intoxicação de todos, levando-os a óbito.

Reiteramos que o acidente ocorreu devido a instalação indevida e sem autorização de aquecedor a gás dentro do apartamento e que o Condomínio não possuía conhecimento de tal instalação. Ressaltamos a importância de comunicar ao Condomínio a realização obra ou manutenção nos apartamentos em conformidade com a Convenção do Condomínio.

DICAS RÁPIDAS:

·  Ao instalar o aparelho, as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são cruciais para evitar vazamentos e acidentes;

·   Local de instalação deve ser amplamente ventilado, devendo-se evitar banheiros e cozinhas;

·  A chaminé do aquecedor deve ficar virada para fora da residência;

·   As manutenções precisam ser feitas com atenção e periodicidade.

COMO IDENTIFICAR UM VAZAMENTO DE GÁS?

Como o monóxido de carbono não tem cheiro, nem cor e não emite som, muitas vezes, as mortes são “silenciosas” e acontecem sem que as vítimas percebam a intoxicação. Por isso, a prevenção é o melhor caminho. O socorrista do Corpo de Bombeiros, no entanto, elenca alguns sinais que podem identificar o risco.

O equipamento precisa fazer a combustão completa: O aquecedor queima a fonte de energia ligada a ele, seja gás natural, de cozinha ou outro. Sendo assim, um indicador de bom funcionamento é quando a chama está da cor azul (como no fogão), fazendo a queima completa. “Já se a chama está da coloração mais amarelada e alaranjada, é um alerta de risco, significa que a combustão está incompleta e pode gerar intoxicação. Nos fogões, isso é bem visível. Nos aquecedores, a maioria dos modelos tem uma espécie de visualização da chama”, explica.

Identificar por meio dos sintomas: Quando as vítimas apresentam sintomas, os primeiros sinais são dor de cabeça, náusea e  vômitos. Em seguida, as pessoas costumam ficar inconsciente, desmaiam e, em último caso, morrem. “Principalmente se as pessoas estiverem dormindo na hora da intoxicação, é muito raro que percebam os sintomas”, acrescenta Barcellos.

CONSEGUI IDENTIFICAR UM VAZAMENTO DE GÁS, O QUE FAZER?

As recomendações são:

·  Abrir todas as janelas e portas na intenção de ventilar ao máximo o local;

·  Sair do ambiente onde o monóxido de carbono se concentrou;

·  Acionar o Corpo de Bombeiros com urgência pelo Disque 193;

·  O que não fazer: não ligar interruptores, isqueiros, fogão, nem nada que possa causar fogo.

OS RISCOS DE VAZAMENTO DE GÁS E INTOXICAÇÃO CRESCEM NO INVERNO

O tenente Barcellos alerta para um reforço da atenção com vazamentos de gás durante o inverno, época em que as pessoas tendem a deixar portas e janelas fechadas e utilizar, com mais frequência, aquecedores e lareiras. “É, com certeza, um período de mais incidência, combina com a utilização de lareiras e qualquer aparelho de queima de gás. As chaminés, repito, devem sempre estar viradas para fora dos ambientes”, diz.

EQUIPAMENTOS PARA REDOBRAR O CUIDADO COM VAZAMENTOS DE GÁS:

Principalmente:

·  Qualquer aquecedor a gás;

·  Gás de cozinha;

·  Forno;

·  Lareiras.

Fontes: Tempo - Publicado em 12 de agosto de 2024; Diário de Uberlândia – 12 e 13/08/2024

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