Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

sábado, junho 22, 2024

EXPLOSÃO EM CONDOMÍNIO DEIXA PESSOAS FERIDAS EM PORTO ALEGRE

 

Uma explosão atingiu uma torre de um condomínio no bairro Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre, na madrugada de quinta-feira (4/01/2024).  No momento da explosão, o local estava sendo evacuado por conta de um vazamento de gás. O estrondo foi ouvido por outros moradores da região.  

A EXPLOSÃO

O condomínio tem cerca de 440 apartamentos (22 torres) e está localizado na Rua Inocêncio de Oliveira Alves, próximo à esquina com a Rua João Fázio Amato, no bairro Rubem Berta. No momento da explosão, o local estava sendo evacuado por conta de um vazamento de gás.

ATENDIMENTO DA OCORRÊNCIA

Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Polícia Civil e Defesa Civil atenderam a ocorrência durante madrugada. Pelo menos, quatro veículos dos bombeiros chegaram a ir ao local. 

DEFESA CIVIL

O condomínio é uma obra recente e, conforme a Defesa Civil, cerca de 50% dos apartamentos ainda estão desocupados. Além disso, parte dos moradores já estabelecidos no prédio não estavam em casa em razão do período de férias.

Segundo a Defesa Civil, a explosão aconteceu na torre 10. Moradores desta torre e da 11, que fica em frente, devem ser encaminhados para albergues. Quanto às outras torres, ainda não há previsão de liberação.

VÍTIMAS

Seis moradores foram atingidos por escombros, sendo que três também sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus. Dois bombeiros que atendiam a ocorrência de vazamento de gás e realizavam a evacuação dos moradores acabaram feridos. Os oito foram levados para o Hospital de Pronto Socorro da Capital e para o Hospital Cristo Redentor, onde três vítimas seguiam internadas na Unidade de Terapia Intensiva.

RELATOS DE MORADORES

Os moradores que presenciaram a explosão que atingiu a torre do condomínio relataram momentos de tensão.

1-A técnica de enfermagem Katiane contou que estava dormindo com os filhos e acordou com o tremor provocado pela explosão.

"Tremeu tudo. A gente acordou pensando que era trovão. No que a gente olhou pela janela, tava todo mundo correndo. Todo mundo gritando pra sair. A gente só atinou pegar as crianças e as bolsas delas", conta Katiane.

'Tremeu tudo', diz moradora de condomínio que explodiu no RS

2-A analista de projetos Eduarda Xavier, também moradora do condomínio, definiu o momento como "sessão terror".

"Sessão terror. Era parede no chão, prédio pegando fogo, gente com estilhaço de vidro. Muita gente apavorada, chorando", relembra.

3-O pintor Jonatha dormia com a esposa e a filha de 3 anos numa das torres, e recorda que sentiu o cheiro de gás mesmo estando distante três prédios da unidade que horas depois acabou explodindo. “Foi um cenário de filme de guerra. Eu estava na cama, de repente o cheiro forte e em seguida o estrondo. Sacudiu tudo, ouvimos muitos gritos e quando chegamos na rua, tinha vidros, pedaços de paredes, portas e até roupas espalhadas por toda a parte”, relatou.


DANOS MATERIAIS

Os danos são visíveis em diversas unidades do condomínio. O deslocamento de ar arrancou a parede do apartamento que explodiu e o que sobrou apresenta as marcas do incêndio. Até mesmo fora do pátio do residencial era possível encontrar estilhaços de vidros e pertences dos condôminos.

A explosão foi no terceiro andar, rompeu a estrutura do quarto e do segundo andar também. Então, por questão de precaução e prevenção, nós estamos com todos os moradores para fora dos prédios, dos apartamentos, aguardando o laudo para verificação das estruturas do prédio — afirmou a comandante do Corpo de Bombeiros.

CAUSA PROVÁVEL

A suspeita do Corpo de Bombeiros é de que a origem da explosão tenha sido o vazamento de gás GLP em um fogão, que estava no apartamento no terceiro andar da torre 10.

No momento da explosão, o local estava sendo esvaziado por conta de um vazamento de gás. O estrondo foi ouvido por outros moradores da região.

PERÍCIA

Uma equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) esteve no local para identificar as possíveis causas. Entre os primeiros relatos de condôminos, por volta das 22h30min o prédio afetado teve falta de gás e a empresa fornecedora foi chamada para substituir os cilindros que abasteciam a torre. Contudo, a explosão ocorreu em um dos apartamentos localizados no terceiro andar, o que pode indicar a origem do vazamento, A habitação em questão estava vazia no momento do acidente.

CONSTRUTORA RESPONSÁVEL

A Tenda, responsável pela construção do condomínio, inaugurado há oito meses, se manifestou por meio de nota. No texto, a construtora expressa profundo pesar pelo incidente e informa que contratou um perito para realizar uma inspeção no local. A empresa ressaltou ainda que o conjunto habitacional recebia as manutenções de acordo com as responsabilidades contratuais e que pretende aguardar o resultado de perícia para se posicionar. Confira a íntegra:

A Construtora informa que está em contato com o síndico do condomínio, bem como com autoridades locais para melhor entender o caso. Um perito terceiro fará a inspeção in loco. Ainda não é possível afirmar as causas da explosão. A construtora reforçou “seu compromisso com as melhores práticas e procedimentos do mercado de construção, e que toda inspeção e manutenção que é de nossa responsabilidade foi realizada, não detectando nenhum tipo de problema”.

DESALOJADOS

De acordo com o coordenador adjunto da Defesa Civil de Porto Alegre, os moradores que não têm para onde ir estão sendo atendidos pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e vão ser realocados em albergues do município. “Ainda durante a noite, muitas famílias foram para casas de parentes. E a partir da validação técnica, de engenharia, vamos poder discutir o retorno”, declarou.

INTERRUPÇÃO DE GÁS

A falta de gás foi cortado provisoriamente no condomínio para evitar novos vazamentos, causando transtornos para os moradores.

VÍTIMA FATAL

Quatro dias após a explosão,  um morador morreu no Hospital Cristo Redentor.

De acordo com o hospital, a vítima de falência múltipla de órgãos, em decorrência de complicações causadas por queimaduras em 90% do corpo.

INDENIZAÇÃO

Os residentes aguardam a definição do laudo, necessário para que a seguradora defina as possibilidades de indenizações.

"Um grande dificultador é a questão de prazos legais, do laudo do IGP, que infelizmente ainda não saiu. Mas sabemos que o IGP ainda está trabalhando dentro de seus prazos, é uma investigação que tem que ser muito bem detalhada, mas isso dificulta um pouco em outros andamentos", diz o síndico do condomínio. Fontes: RBS TV-04/01/2024;g1 RS-04/01/2024; Correio do Povo - 04/01/2024; RBS TV - 26/01/2024

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quarta-feira, junho 12, 2024

QUAIS SÃO OS RISCOS DE ACIDENTES COM VEÍCULOS A HIDROGÊNIO?

 TANQUES PERIGOSOS

Simulação da nuvem de hidrogênio inflamável ao redor do veículo dois segundos após três liberações da válvula de segurança em um túnel com ventilação transversal.






Os carros e caminhões movidos a hidrogênio têm um potencial de contribuição ao meio ambiente muito superior ao dos veículos elétricos, mas também trazem seus próprios riscos.

Engenheiros da Universidade de Tecnologia de Graz, na Áustria, mostraram agora que o problema pode ser particularmente sério se um veículo a hidrogênio envolver-se em um acidente dentro de um túnel.

A análise envolve os veículos nos quais o hidrogênio é mantido pressurizado em tanques, como tipicamente acontece nos veículos a com células a combustível. Devido à alta densidade energética do hidrogênio e à alta pressão com que ele é armazenado em tanques, esses carros a hidrogênio têm um potencial de danos muito elevado - existem também tecnologias para armazenar o hidrogênio para os carros em estado sólido.

De acordo com as normas atuais, o hidrogênio é armazenado nos automóveis a uma pressão de 700 bar e nos caminhões e ônibus a 350 bar. Se ocorrer dano a um tanque desses, uma grande quantidade de energia é liberada rapidamente; se o hidrogênio pegar fogo, ele queima a temperaturas superiores a 2.000 graus Celsius.

Embora os tanques sejam muito robustos e bem protegidos contra impactos mecânicos, eles não resistem a uma colisão traseira com um caminhão, por exemplo. "Este cenário deve, portanto, ser evitado tanto quanto possível," afirmam Martin Aggarwal e seus colegas.

RISCO DE EXPLOSÃO DO HIDROGÊNIO


Em termos de probabilidade, o resultado mais provável de um acidente envolvendo um veículo a hidrogênio é que não haverá impacto significativo do próprio gás, que vazará rapidamente para a atmosfera. No entanto, a situação é bem diferente se o acidente ocorrer em túneis ou outros locais restritos. A equipe identificou três cenários de perigo diferentes que podem ocorrer em casos de acidentes graves nessas condições.

No primeiro caso, o dispositivo de alívio de pressão térmica é acionado quando a pressão do tanque aumenta em decorrência de um impacto térmico (por exemplo, um incêndio no veículo ou ao seu redor), liberando o hidrogênio do tanque em um jato controlado. Isso mantém a pressão em um determinado nível e evita a ruptura do tanque. Se o hidrogênio descarregado entrar em combustão - o que pode acontecer facilmente quando misturado ao ar -, a chama é direcionada para o solo. No entanto, isso continua a ser perigoso porque o hidrogênio queima sem cor ou odor, ainda que a zona de perigo seja limitada.

O segundo cenário envolve uma falha na válvula de alívio de pressão, o que pode fazer com que o tanque exploda, criando uma onda de choque que se espalharia por todo o túnel. Até aproximadamente 30 metros do acidente existe o risco de morte para qualquer pessoa, mas esse risco ainda envolve lesões internas graves, como hemorragias nos pulmões, até aproximadamente 300 metros de distância da explosão. Mais longe ainda existe o risco de ruptura dos tímpanos.

O terceiro cenário é o menos provável, envolvendo o hidrogênio sendo liberado sem ser inflamado. Sendo o elemento mais leve da tabela periódica, o hidrogênio subiria e se acumularia em uma nuvem sob o teto do túnel. Se houver uma fonte de ignição (por exemplo, lâmpadas quentes ou um impulso elétrico acionando um ventilador), ocorrerá uma explosão da nuvem de hidrogênio, que também causará uma onda de choque, embora com um impacto muito menor do que a explosão do próprio tanque.

"As nossas investigações mostraram que, embora os cenários de perigo envolvendo veículos a hidrogênio sejam relativamente improváveis, eles apresentam um grande potencial de danos. Os tanques de hidrogênio modernos são construídos de forma tão segura que muita coisa tem de correr mal para que o hidrogênio escape," disse o professor Daniel Fruhwirt.

RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR OS RISCOS


Para minimizar os riscos de acidentes com os veículos a hidrogênio, a equipe recomenda diversas medidas, incluindo limites de velocidade mais rígidos nos túneis, controles de distância precisos entre veículos, que sinalizem aos motoristas quando eles estão seguindo muito de perto os outros veículos, e limites de velocidade dinâmicos nos casos de engarrafamentos à frente, para que a velocidade já seja baixa o suficiente ao chegar ao engarrafamento que haja apenas danos menores em caso de colisão traseira.

"O que já foi implementado na maioria dos estados membros da União Europeia, como resultado dos graves acontecimentos do final da década de 1990 e início da década de 2000, é que todos os túneis em autoestradas e rodovias com um comprimento superior a 500 metros sejam túneis de tubo duplo e geralmente não são mais usados para tráfego bidirecional. Isso reduz consideravelmente o risco," disse Fruhwirt. Fonte: Inovação Tecnológica - 06/06/2024

Bibliografia: Artigo: Hydrogen Powered Vehicles In A Tunnel Incident -Risks And Consequences

Autores: Martin Aggarwal, Daniel Fruhwirt, Patrik Föbleitner, Oliver Heger, Patrick Pertl, Regina Schmidt, Alexander Trattner; Revista: Proceedings of the 12th Internation Conference on Tunnel Safety and Ventilation

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quarta-feira, maio 01, 2024

EXPLOSÃO DE EXTINTOR DE INCÊNDIO DEIXA VÍTIMAS NA ZONA SUL DE SP


Um homem morreu e outro ficou ferido após um extintor de incêndio explodir na Zona Sul de São Paulo. O acidente ocorreu na manhã de terça-feira (30) na região do Morumbi.

Segundo informações iniciais, as vítimas descarregavam os cilindros, de quase 300 kg, perto de uma empresa de telefonia.

A válvula de um dos extintores escapou e explodiu e atingiu os dois funcionários. Um deles, de 47 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu.

O outro foi levado para o Hospital das Clínicas, na Zona Oeste da capital, em estado de choque, onde permanece internado.

O local passou por perícia e foi liberado. A polícia investiga as causas do acidente. Fonte: g1 SP e TV Globo - 30/04/2024

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quarta-feira, abril 10, 2024

EXPLOSÃO EM SILO DA COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL C.VALE, EM PALOTINA (PR)

 

Uma explosão em um silo da cooperativa agroindustrial C.Vale, em Palotina (PR), a 595 km de Curitiba, deixou pelo menos dois mortos, duas pessoas feridas em estado grave e nove desaparecidos no final da tarde de quarta-feira (26/07).  

A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros.

O QUE ACONTECEU:

A explosão ocorreu em um túnel de transporte de grãos, por volta das 16h50, mas a causa ainda não foi identificada, segundo a C.Vale informou em comunicado. A cooperativa ressaltou que a "prioridade" agora é a "integridade dos colaboradores atingidos e seus familiares".

O silo estava sendo usado para armazenar milho e fica a nove quilômetros do centro de Palotina, numa área com vários silos. A explosão teria ocorrido em um túnel de transporte e, segundo os bombeiros, também destruiu parcialmente outros dois silos.

Funcionários da cooperativa estavam fazendo a manutenção na estrutura quando ocorreu a explosão, cuja causa ainda não foi identificada.

Por volta das 20h, os bombeiros ainda não haviam conseguido entrar no silo destruído. Como ele ameaçava ruir, primeiro foi necessário fazer o escoramento da estrutura, para ingressar com segurança e procurar os desaparecidos.

DANOS A CIRCUNVIZINHANÇAS

Há relatos de que o estrondo foi ouvido a quilômetros de distância e chegou a provocar a quebra de vidros de janelas de imóveis que ficam em bairros próximos ao local

EXPLOSÕES EM CADEIA


O Corpo de Bombeiros detalhou que houve ao menos cinco explosões em sequência em um silo de secagem de grãos da cooperativa. Segundo a corporação, as explosões começaram por volta das 16h50.

O capitão Guilherme Rodrigues, do Corpo de Bombeiros, detalhou que o ambiente onde ocorreu a primeira explosão é bem fechado e com bastante pó, com partículas inflamáveis que, em contato com qualquer fagulha, podem provocar explosões em série.

"Essas partículas pegam fogo com facilidade. Essa primeira explosão faz com que outras partículas em estruturas metálicas também sofram o mesmo efeito."

Conforme o oficial, oito pessoas estavam no local da primeira explosão. As outras acabaram destruindo quatro barracões no entorno, onde trabalhavam mais vítimas.

CORPO DE BOMBEIROS

Os bombeiros disseram que foram acionados por volta das 17h, quando foram até o local. Uma força-tarefa com 11 viaturas, mais de 35 socorristas e cães de Palotina, Cascavel e Toledo foi mobilizada para ajudar a conter as chamas e socorrer os feridos.

VÍTIMAS

Oito pessoas morreram, onze ficaram feridas e uma está desaparecida. Por volta da 1h30 de quinta-feira (27), os bombeiros informaram que um trabalhador foi resgatado com vida.

Na quinta‑feira (27/07/2023) , 10 pessoas estavam em estado grave, mas com a oitava morte, passam a ser nove os feridos gravemente. Uma pessoa está desaparecida, segundo Defesa Civil.

Todos os feridos foram encaminhados para hospitais da região.  

Oito pessoas morreram e 11 ficaram feridas no acidente. As vítimas são sete haitianos e um brasileiro, segundo os bombeiros. Segundo a Secretaria de Saúde (Sesa), 9 pessoas estão em estado grave.  

RESGATE

O capitão Rodrigues, do Corpo de Bombeiros, explicou que parte das vítimas estavam em um túnel que interliga os armazéns do silo na hora das explosões.

"As vítimas estavam no subsolo, nesse túnel, e a estrutura veio abaixo por conta da explosão. Estamos trabalhando o mais rápido possível no resgate. É uma corrida contra o tempo." O oficial detalhou, também, onde dois corpos estavam. "Provavelmente elas foram atingidas pela onda de choque que se propaga no momento da explosão e acabaram morrendo [...] Um dos corpos estava à frente do armazém, onde era realizado o serviço, e outra vítima estava atrás", afirmou.

RESGATE DE DESAPARECIDOS

Um trabalhador que estava entre os desaparecidos foi resgatado com vida após oito horas de buscas, na madrugada de quinta-feira (27). O homem foi socorrido em estado grave e levado para um hospital de Cascavel.

O trabalhador socorrido durante a madrugada  é haitiano e sofreu queimaduras pelo corpo, segundo os bombeiros. Ele foi o primeiro a ser resgatado entre os funcionários que estão desaparecidos.

CAUSA PROVÁVEL

De acordo com o major Tiago Zajac, a explosão ocorreu no interior do túnel de um dos silos da cooperativa. Na sequência, se estendeu a outros três tuneis interligados.

O major explica que o período atual é de colheita da safra de milho, e que esses armazéns recebem o produto e o estoca até a secagem, para então ser processado.

O major acrescenta que as causas da explosão serão investigadas pelos peritos da polícia científica. Ele, no entanto, antecipou algumas das hipóteses sobre quais substâncias presentes no local poderiam ter servido de combustível para a explosão.

“A compactação da massa de milho pode produzir gás por conta da fermentação. É também possível que a explosão tenha sido causada pela poeira do milho, que também pode gerar uma atmosfera explosiva”, disse o major. “Esses riscos tornam imprescindível a limpeza rotineira desses tuneis”, acrescentou.

O QUE DIZ A EMPRESA

A C.Vale se pronunciou por meio de nota e disse que está colaborando com as forças de segurança.  

"A C.Vale comunica aos seus associados e comunidade em geral que nesta quarta‑feira, 26 de julho, às 16h50, um sinistro de grandes proporções atingiu nossa unidade central de recebimentos de grãos em Palotina, oeste do Paraná, devido a causas ainda não identificadas.

No momento, a prioridade está centrada na mobilização de todos os esforços e recursos necessários à preservação da integridade dos colaboradores atingidos pelo incidente e apoio aos familiares das possíveis vítimas atingidas.

No momento, todas as equipes de segurança da cooperativa estão ativas colaborando com autoridades públicas envolvidas, visando minimizar efeitos desse lamentável evento.

Assim que todas as variáveis forem identificadas e apuradas as repercussões geradas pelo incidente, nova nota de esclarecimento será emitida pela equipe de gerenciamento de crise instalada nessa oportunidade".

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO INVESTIGARÁ  A COOPERATIVA

O Ministério Público do Trabalho de Cascavel (MPT) abriu um inquérito civil para investigar eventuais responsabilidades na série de explosões que resultou em mortes na cooperativa C. Vale, em Palotina, no oeste do Paraná.

Conforme o órgão, a investigação vai tentar descobrir se houve irregularidade por parte da empresa na hora do incidente. "O MPT investigará aspectos relacionados à regularidade dos trabalhadores vitimados pela explosão no silo", diz a nota.

DANOS MATERIAIS NA VIZINHANÇA

Cerca de 200 imóveis foram danificados informou o secretário de administração do município Lucas Pedron na segunda-feira (31).

"Todas com pequenos danos, nenhum dano grave que necessite de mobilização. [...] A C.Vale está trabalhando primordialmente para o ressarcimento desses danos e atendimento as vítimas", afirmou o secretário. Entre os danos, estão portas, vidraças e telhados que foram atingidos por destroços ou mesmo pelo tremor causado pelas múltiplas explosões registradas.

VÍTIMAS – BALANÇO FINAL

A tragédia na cooperativa completou um mês no sábado (26/08). A série de explosões registradas no dia 26 de julho em um silo de grãos provocou a morte de dez pessoas e deixou outras dez gravemente feridas.

LAUDO DIVULGADO PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

 O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concluiu que a explosão que atingiu o silo de secagem de grãos da cooperativa agroindustrial C. Vale, em Palotina (PR), em 26 de julho de 2023, foi causada pelo excesso de poeira de grãos em suspensão e depositada em diversos pontos da unidade. O acidente causou a morte de dez trabalhadores e deixou outros dez feridos.

De acordo com a nota divulgada pelo MTE;

·        a poeira de grãos estava no ar,

·    também, concentrada no chão, nas paredes e máquinas, dentro dos túneis subterrâneos das esteiras transportadoras de grãos.

O laudo explica que a poeira pode se tornar um combustível, quando somada à presença de oxigênio e associada a uma fonte de ignição (combustão), que teria lavado à explosão na empresa.

No documento, o Ministério do Trabalho e Emprego expõe situações que poderiam ter iniciado o acidente na cooperativa paranaense;

·        como um curto nas instalações elétricas precárias,

·        aquecimento por fricção dos roletes das esteiras transportadoras de grãos,

·        faíscas em motores ou outro fator a ser identificado pela perícia técnica.

OUTRAS IRREGULARIDADES

Os cinco auditores-fiscais da Inspeção do Trabalho detectaram outras irregularidades no local;

·        como trabalhadores avulsos que não possuíam capacitação adequada para o trabalho em espaços confinados;

·        falta de supervisão suficiente;

·        excesso de jornada;

·        falta de descanso semanal;

·        vestimentas inadequadas para a área de trabalho;

·        ingresso de trabalhadores nos túneis em funcionamento sem a devida parada do sistema;

·        sistemas de transporte por correias sem monitoramento de temperatura e desalinhados;

·        pressão por prazos (safra com alta demanda);

·        instalações elétricas inadequadas.

Durante a investigação, os auditores-fiscais identificaram outras questões de descumprimento de itens de gestão da cooperativa;

·        como a ineficácia dos sistemas de controle para retirada da poeira em suspensão,

·        não havia procedimento suficiente de limpeza da poeira depositada nos túneis;

·        e a empresa não tinha uma gestão adequada dos seus espaços confinados.

Uma norma do ministério define como espaços confinados aqueles que não são projetados para ocupação humana contínua; que possuem meios limitados de entrada e saída; e onde existe atmosfera perigosa, por exemplo, com a possibilidade de explosão.

A equipe de fiscalização lavrou 26 autos de infração, ainda em fase de recurso por parte da empresa.

Fontes: g1 PR e RPC Cascavel - 26/08/2023; g1 PR-29/07/2023; RPC Cascavel e g1-27/07/2023; Agência Brasil – 27/07/2023; g1 PR e RPC - 27/07/2023; g1 PR e RPC Cascavel - 26/07/2023;  UOL, em São Paulo-26/07/2023; Agência Brasil – Brasília - Publicado em 20/03/2024

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quarta-feira, março 20, 2024

LEMBRANÇA: EXPLOSÃO NO PORTO INGENIERO WHITE, DEIXA 22 MORTOS

Em 13 de março de 1985 às 0h15 no porto de Ingeniero White -Bahía Blanca, Argentina, - houve uma explosão no silo nº 5 que deixou 22 mortos, entre trabalhadores e bombeiros voluntários. A explosão foi de tal magnitude que atingiu a cidade e fez tremer os prédios, já que a Bahia fica a menos de 10 km
 do porto.

Como antecedente, em 10 de outubro de 1977 ocorreu uma explosão por poeira acumulada que matou três pessoas, duas delas funcionários da Prefeitura.

Naquela época o trabalho no porto era monumental, chegavam centenas de navios de todos os países para carregar grãos. A estadia (tempo de espera) era  muito cara e para economizar nos custos pretendiam carregar tudo em 24 horas. O Silo 5 esteve operacional por 17 horas seguidas.

No dia 12, entrou o turno das 16h, avisando rapidamente que seria um dia complicado, no meio da poeira, do calor e da escuridão. Para piorar a situação, a ausência de vento fez com que o pó de grãos estivesse parado, acumulado no ar desde a manhã, com quase uma centena de caminhões à espera para descarregar.

Às 23h foi decidido parar a esteira transportadora por uma hora para evitar superaquecimento. O elevador do setor 1   estava em situação semelhante – alguns já produziam faíscas. Já estavam acumuladas 50 mil toneladas de cereais no silo (80% da capacidade). A poeira em suspensão, mais o calor, era tanta que chegou a uma quantidade que provocou uma explosão. O único aviso foi de um operador que percebeu que havia fumaça nas polias do elevador, os técnicos conseguiram avisar que ia explodir e que precisavam evacuar.

Foi então que a tragédia começou a tomar forma. A esteira transportadora do Setor 3, uma polia elevou sua temperatura tão alto que a correia transportadora começou a emitir faíscas ao se mover em direção ao topo, onde a poeira suspensa atingiu a concentração ideal.

O encontro desses elementos deu início ao caos. Primeiro, uma pequena explosão e o início de um incêndio. Segundos depois, uma série de explosões em cadeia, cada vez mais altas. Em apenas alguns minutos, o prédio se tornou uma armadilha mortal.

As ambulâncias demoraram para chegar e não eram suficientes. Nem todos morreram por causa da explosão, houve trabalhadores que morreram por asfixia quando os dutos para descarregar os grãos dos silos se romperam.

As explosões destruíram a plataforma de descarga de caminhões, o teto do túnel de embarque nº 2 e os escritórios e salas de controle. Silos e mais silos desabaram, esmagando tudo abaixo, inclusive trabalhadores.

MANUTENÇÃO PRECÁRIA

A sirena de alarme foi retirada em 1983 para reparação e nunca voltou a funcionar. A manutenção das máquinas foi realizada dois anos antes. Tinha cabos desencapados  correndo pelas paredes. As correias  estavam com folgas e as lâmpadas não contavam com proteção suficiente. Os ventiladores estavam em más condições, era a precariedade laboral em toda a sua expressão.

PERÍCIA

Os peritos do Corpo de Bombeiros, da Prefeitura e da Polícia Federal nunca conseguiram determinar a causa confiável da explosão. Somou-se à teoria das faíscas das correias transportadoras e falha elétrica.  .

INQUÉRITO

Para a prefeitura, a ocorrência foi acidental e negligente. Em 1986, a justiça federal encerrou o processo sem acusação.

Em última análise, a precariedade trabalhista e a especulação transformaram o porto em uma bomba de relógio , gerando a maior catástrofe de Bahía Blanca e portuária da Argentina. Hoje, o porto foi privatizado e apresenta recorde de exportações. Fontes: La Nueva Provincia -  13/03/2015 ; Prensa Obrera – 13 de dezembro de 2023

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quarta-feira, março 13, 2024

MÁQUINA DE CAFÉ EXPLODE E DEIXA LOJA CONVENIÊNCIA DESTRUÍDA EM GOIANA

 Uma máquina de café expresso acabou explodindo e destruindo parcialmente uma loja conveniência de um posto de combustíveis, na madrugada da última segunda-feira, 01/05/2017, às margens da Rodovia BR-101, no município de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

Segundo informações obtidas devido a uma possível falha mecânica em uma máquina de café expressa, o equipamento veio a explodir e deixou um rastro de destruição. Funcionários relataram que além da destruição do teto de gesso, uma peça da máquina chegou a voar na direção contrária, quebrando uma placa de vidro, distante há cerca de 5 metros. As atendentes que trabalhavam no momento da explosão ficaram bastante abaladas e com o corpo cobertos por pó de café. Os clientes que estavam no local também foram surpreendidos com a explosão, mas felizmente ninguém se feriu.

A direção do Posto BR Maria de Lourdes, responsável pela conveniência BR Mania, franquia do segmento de alimentação exclusiva dos postos Petrobras, esclareceu que a manutenção da máquina havia ocorrido há poucos dias, na última quinta-feira (27/04), e que a Franquia Br Mania está investigando as causas do acidente. Por conta desse ocorrido, a franquia nacional adotou novas medidas de segurança, selecionando uma nova empresa para venda e manutenção das máquinas de café expresso, além do requisito obrigatório de emissão de laudos mensais das unidades franqueadas. A conveniência BR Mania do Posto Maria de Lourdes retornará ao funcionamento normal a partir desta sexta-feira (05). Fonte: Blog Anderson Pereira - 04 maio 2017

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terça-feira, fevereiro 27, 2024

EXPLOSÃO DE CARREGADOR DE BATERIA A BORDO DE VOO COM DESTINO A XANGAI

 Um voo da Royal Air Filipinas de Boracay para Xangai foi obrigado a fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Hong Kong na noite passada (19/02), depois que um carregador de bateria portátil explodiu e a fumaça ocupou a cabine.  Nenhum ferimento foi relatado.

Um vídeo online mostra momentos logo após a explosão a bordo do voo RW602 na segunda‑feira. A fumaça foi vista saindo da parte frontal da cabine, ocupando gradualmente o ar.

Alguns passageiros ficaram apavorados e foram para a parte de trás da cabine para evitar inalar a fumaça.

O comandante fez um pouso de emergência em Hong Kong. O incidente foi resolvido após  uma hora, e os passageiros prosseguiram com o voo e pousaram em Xangai por volta das 12h30 de terça-feira – um atraso de 3 horas.

Não foi informado quantos passageiros estavam a bordo quando o incidente aconteceu.

Ainda não está claro o que causou a explosão do carregador de bateria portátil, pois é  proibido de ser colocado na bagagem despachada.

Fonte; The Standard Channel - Local | 20 Feb 2024

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domingo, novembro 26, 2023

FOGÃO A GÁS EXPLODE ENQUANTO DONA DE CASA ASSAVA PÃO, EM CASCAVEL

Uma mulher ficou ferida após a explosão de um fogão a gás, em Cascavel, no oeste do Paraná, na quinta‑feira (23).  A dona de casa AJ  disse que estava assando pão quando percebeu que as chamas haviam se apagado. Ela foi reascender o fogão, momento em que houve a explosão.

"Eu estava assando pão e o gás desligou e liguei ele de volta porque pensei que pudesse ter acabado o gás, daí explodiu, queimou minhas pernas e cabelo. Sai correndo para pegar meu neném (filho) que é cadeirante e sai porque se ficasse ia se queimar", afirmou a moradora.

DANOS MATERIAIS

Danificou duas janelas do apartamento e causou estragos na cozinha.

VÍTIMA

A moradora teve apenas ferimentos leves

CORPO DE BOMBEIROS

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para verificar a situação e fazer atendimento à vítima. Conforme o tenente da corporação, a explosão foi causada por falha com relação ao posicionamento e condições da mangueira que leva o gás GLP do botijão até o fogão.

PROBLEMAS NA COLOCAÇÃO DA MANGUEIRA

"Essa explosão foi uma queima rápida, em termos mais técnicos. [...] Então foi verificado ali que ela (mangueira) estava muito próxima à região do fogão, uma área quente e isso muito provavelmente contribuiu para o desgaste dessa mangueira, desgaste esse que não foi percebido pelos moradores. [...] Essa grande exposição ao risco é que causou esse acidente", explicou o bombeiro. Fonte: g1 PR e RPC Cascavel- 23/11/2023

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quinta-feira, agosto 03, 2023

EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ALIMENTADOS A BATERIA PODEM SER FONTES DE IGNIÇÃO

As pessoas trazem equipamentos,  alimentados a baterias de íons de lítio ou de outro  tipo, tais como tablets, smartphones e  ferramentas sem fios, para áreas classificadas. As  baterias são fontes de energia que não podem ser desenergizadas de forma segura.

Funcionários e terceirizados podem não perceber que essas ferramentas podem ser uma fonte de ignição. Mesmo ferramentas alimentadas a  baterias aprovadas podem danificadas se caírem.

Um equipamento adequadamente aprovado para  uso em área classificada, como um tablet, pode se tornar inutilizável pela adição de periféricos não aprovados, como fones de ouvido.

Apesar de não terem sido reportados incidentes graves na indústria química por causa  do uso de equipamentos alimentados a bateria, é  apenas uma questão de tempo antes que um  equipamento não aprovado provocar a fonte de  ignição para um incêndio ou explosão. O uso ou a presença de equipamento elétrico não classificado numa zona perigosa deve ser  considerado como um evento de quase perda – um incidente ou uma interrupção operacional poderiam ocorrer se as circunstâncias fossem ligeiramente diferentes.

VOCÊ SABIA?

Ferramentas alimentadas a bateria podem ser trazidas para uma área classificada por técnicos de manutenção, terceirizados,  vendedores ou pessoal de engenharia.

 Os operadores de campo podem usar tablets alimentados a  bateria para coleta de dados durante as rondas.

 Baterias mais recentes podem operar em voltagens mais elevadas ( >12 V) e podem facilmente criar uma faísca suficiente para provocar a ignição de vapores inflamáveis.

 Muitos materiais inflamáveis têm uma energia mínima de ignição (MIE). A energia mínima de ignição para alguns materiais inflamáveis comuns são:

Uma faísca de eletricidade estática que você pode sentir é  da ordem de 1 to 10 mJ. Isto é  energia suficiente para  provocar a ignição de muitos materiais inflamáveis e de  algumas poeiras combustíveis.

Material

 MIE (mj)

Metano

0,28

Gasolina

0,2 – 0,3

Metanol

0,14

Hidrogênio

0,02

 Trocar ou remover uma bateria pode causar uma faísca quando os contatos são conectados ou desconectados.

 Equipamentos não classificados podem ser usados de forma  segura numa área classificada SE as regras de trabalhos a  quente forem seguidas (inspeção da área, teste/monitoramento da presença de atmosferas inflamáveis, permissão para trabalho a quente assinada, etc.)

O QUE VOCÊ PODE FAZER?

 Conheça a classificação elétrica ou de perigo das áreas onde trabalha. Se não souber, pergunte ao supervisor ou ao engenheiro responsável da área.

 Use apenas equipamentos que sejam aprovados para a classificação da área.

 Quando vir outros usando equipamentos alimentados a bateria,  pergunte se as ferramentas são adequadas. Se as ferramentas  não forem adequadas, peça para interromper sua utilização até que sejam tomadas as corretas medidas de segurança.

 O uso de equipamentos não aprovados deve ser reportado como um evento de quase perda ou um ato inseguro.

Atenção especial para equipamentos alimentados a bateria que podem representar fontes de ignição !

Fonte: Process Safety Beacon – Aiche Technology Alliance - Julho de 2023

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domingo, março 12, 2023

COZINHEIRA PERDE A VIDA APÓS EXPLOSÃO DE PANELA DE PRESSÃO EM CHURRASCARIA


Por volta das 20h00 de quinta-feira (09), a cozinheira morreu após ser atingida por uma panela de pressão que explodiu na cozinha de uma churrascaria que fica situada nas margens Rodovia SP 340, próximo ao Distrito Industrial Getúlio Vargas e empresa Mahle.

A cozinheira, estava no seu primeiro dia de trabalho, segundo informações. Outros funcionários do estabelecimento acionaram o SAMU de imediato, mas ao chegar, os socorristas já se depararam com a vítima em óbito, inclusive com perda de massa encefálica, causada pelo impacto da explosão.

A Polícia Civil esteve presente no local do acidente e a Polícia Científica realizou os trabalhos de Perícia para apurar as causas e as responsabilidades da fatalidade. O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária. O corpo da vítima foi encaminhado ao IML de Mogi Guaçu e deverá ser liberado aos familiares para o sepultamento. Fonte: Mogi Guaçu Acontece- sexta-feira, março 10 2023

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POR QUE A PANELA DE PRESSÃO PODE EXPLODIR E QUE CUIDADOS DEVEMOS TOMAR?

PANELA DE PRESSÃO – UMA CALDEIRA A VAPOR

A panela de pressão é equivalente a um vaso de pressão destes que encontramos nas indústrias, só que em volume muito menor, mas o princípio técnico de funcionamento é idêntico, por exemplo, a uma caldeira de vapor.

Na panela de pressão, a temperatura e a pressão são grandezas as quais nós classificamos como diretamente proporcionais, isto é, quando a temperatura aumenta a pressão também aumenta e vice e versa.

COMO FUNCIONA

Numa panela aberta comum, a água entra em ebulição quando a temperatura atinge 100 ºC, no entanto, na panela de pressão, a intensa vaporização da água faz aumentar a pressão, pois não há saída para o vapor uma vez que a tampa com borda emborrachada é vedada por pressão mecânica. Com o aumento da pressão de vapor, a temperatura de ebulição da água sobe e a pressão interna torna-se maior que a pressão atmosférica. Por isso, a ebulição não ocorre, mesmo que a temperatura esteja aumentando.

Quando a pressão de vapor atinge um determinado valor (por exemplo, 2 atm), a força aplicada pelo vapor eleva a válvula central de alívio. A água, em estado gasoso, começa a escapar e estabiliza-se a pressão interna. Somente nesse momento é que a ebulição começa  estabilizando‑se também a temperatura.

Na panela de pressão, a temperatura pode atingir até 120ºC, fazendo com que o alimento tenha um melhor cozimento, fazendo também com que o tempo de preparo seja reduzido. A pressão na panela de pressão atinge valores na ordem de 2 a 2,5 atm. O vapor tem que ser liberado gradativamente, a medida que o alimento vai cozinhando, executado pela válvula central de alívio situada no meio da tampa.

SEGURANÇA AO COZINHAR

O funcionamento perfeito da válvula central de alívio do vapor é fundamental para a segurança do processo, pois sua função é limitar a pressão interna do vapor. Se esta válvula de alívio não funcionar direito, a pressão irá aumentar acima do limite e aí tem que entrar em cena, a válvula de segurança, que também está situada na superfície da tampa. Se esta válvula de segurança estiver travada, ou montada de maneira invertida, ou mesmo não existir, o risco da panela explodir é muito grande.

COMO SABER SE A VÁLVULA DE ALÍVIO ESTÁ FUNCIONANDO CORRETAMENTE?

Se sua panela não estiver soltando pressão pela válvula circular central de alívio, isto pode indicar que ela esteja com algum entupimento e para resolver esse problema será necessário primeiro você desligar o fogo e retirar a panela do fogão. Coloque-a sobre a pia e retire a pressão de forma manual, utilizando um objeto tipo garfo, ou mesmo uma faca, levantando-a delicadamente para liberar a pressão. Após o retirar todo o vapor, desobstrua os furos de saída da válvula, limpando-os com um arame fino igual ao que usamos para desentupir as bocas do fogão. O furo de saída da tampa, que liga a parte interna da panela até a válvula de alívio, também deve ser limpo e desobstruído.

PARA QUE SERVE A VÁLVULA DE SEGURANÇA?

Como o nome já diz, ela é a segurança do sistema e nunca deve ser retirada da tampa. Se esta válvula for retirada da tampa e, inadvertidamente for montada ao contrário, o que é perfeitamente possível, será como se sua panela não tivesse válvula alguma. A válvula de segurança funciona tal e qual um fusível num circuito elétrico, ou seja, ela foi projetada e dimensionada para abrir em condições de extremo risco e liberar automaticamente a saída de vapor.

POR ISSO É IMPORTANTE SABER COMO USÁ-LA A FIM DE SE EVITAR ACIDENTES QUE PODEM SER MUITO GRAVES, MAS PARA ISSO BASTA SEGUIR ALGUMAS REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA.

CUIDADOS QUE VOCÊ DEVE TER COM A PANELA DE PRESSÃO:

1-SELO DO INMETRO É ESSENCIAL

A panela de pressão escolhida pelo consumidor precisa ter o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), para comprovar que ela passou por testes de segurança antes de ser comercializada. Se não tiver esse selo, não compre.

2-COMO SABER O VOLUME QUE A PANELA SUPORTA?

O volume que a panela suporta também precisa ser levado em consideração na hora da compra. É preciso respeitar a quantidade que vai ser preparada dentro da panela de pressão, e existem tamanhos variados no mercado.

Dentro da panela costuma ter uma marca, com letras e/ou números, que deve ser respeitada na hora de inserir os ingredientes. Ela fica abaixo da altura do cabo — informação importante para as panelas mais usadas que podem ter perdido essa marcação.

3- EM QUAL BOCA DO FOGÃO COLOCAR A PANELA?

A quantidade de calor que vai ser aplicada na panela de pressão também exige cuidados. O fogo não pode "envolver" o fundo da panela. Ele precisa estar concentrado no centro do fundo.

"Se a panela tem 20 cm, o fogo não pode exceder 18 cm. O fogo nunca deve ultrapassar essa marca. Tem que haver uma distância de pelo menos 3 cm a 5 cm sem fogo, para que esse fogo não lateralize."

"Nunca deve deixar o fogo passar da lateral da panela. Desta forma o fogo fica concentrado, e sabemos que é uma quantidade correta de temperatura para que essa panela não exceda a pressão", completou o professor.

4-USO DE ESPONJA DE AÇO PARA LIMPEZA É ARRISCADO?

A limpeza faz parte de uma manutenção da panela, e é comum usar esponja de aço para tirar manchas com o passar do tempo. Porém a palha ou a esponja de aço é um material abrasivo que danifica o metal da panela de pressão.

"Esse metal, que geralmente é o alumínio, ele vai desbastando. Um indicador disso são as letras do fundo da panela. Se você já passou tanta palha de aço a ponto dessas letras não estarem bem legíveis ou terem desaparecido completamente, é um indício que essa panela de pressão deve ser substituída."

5-PODE TIRAR A PRESSÃO DEBAIXO DA TORNEIRA DA PIA?

Nunca se deve tirar a pressão da panela à força, colocando-a debaixo da torneira na pia.

"Não faça isso. Estamos num ambiente com pressão; uma atmosfera diferente do ambiente externo. Quando colocamos a panela de pressão e debaixo da água fria, provocamos choque térmico, acarretando contração e dilatação do material.

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6-PANELA PAROU DE FAZER BARULHO DO NADA. E AGORA?

Sabe quando a panela começa a fazer o barulho de que "pegou pressão" e solta o ar pelo pino (válvula)? Esse é o comportamento normal dela. Se o barulho parar do nada, é preciso agir rápido.

"Se em determinado momento você perceber que aquele barulho diminuiu muito ou cessou, olha o fogo. Se o fogo ainda estiver aceso, a panela estava com pressão e parou repentinamente, desligue rapidamente o fogo se estiver perto e saia da cozinha. Se está afastado, longe e não dá tempo de chegar no fogo, avise as pessoas da cozinha, saia e desligue o gás para fora da cozinha", completou o professor.

DICAS DE SEGURANÇA

1-O risco de explosão da panela de pressão também é alto se pedaços de alimentos ficarem presos à válvula. Ela pode ficar entupida quando o utensílio abriga quantidades excessivas de água e comida. Por isso, nunca ultrapasse dois terços de sua capacidade total.

2-Nunca use a panela de pressão para preparar frituras por imersão. O óleo quente pode danificar as peças de borracha e aumentar os riscos de acidente.

3-Nunca abra a panela de pressão se notar vapor saindo pela válvula. O maior e mais perigoso erro no uso da panela de pressão é tirar a tampa quando ainda há pressão dentro do utensílio.

4-Os cuidados com a panela de pressão continuam com sua higienização adequada. Ao lavar o utensílio, certifique-se que não há restos de alimento nos buraquinhos da válvula e retire a borracha de vedação da tampa para que ela seja limpa separadamente.

5- É muito importante também checar borracha de vedação da panela de pressão. Na hora de lavar, procure por frestas ou áreas amassadas na tampa, elas podem fazer com que o vapor escape. Na montagem da borracha verifique sempre se ela está montada corretamente. Depois do uso, limpe bem a panela. A tampa e a borracha de vedação devem ser lavadas à parte. Troque a borracha de vedação a cada três meses. Com o uso, ela vai perdendo a elasticidade e sua função de vedar a panela fica comprometida. Observe também sempre a data de validade de sua borracha e se apresentar rachaduras ou sinais de ressecamento ela deve ser trocada. Fonte: g1 Campinas e Região - 10/03/2023

 Vídeo:

Essa experiência foi realizada na Escola Waldorf em Bauru no dia 07 de maio de 2009. O Objetivo dessa experiência é explicar os fenômenos de física (termologia) relacionados à panela de pressão bem como do perigo que a explosão de uma panela de pressão apresenta

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domingo, fevereiro 19, 2023

TRABALHADORES FICAM GRAVEMENTE FERIDOS EM EXPLOSÃO NO SILO DA JBS DE XANXERÊ


Na tarde de quarta-feira (2/11/2022)), por volta das 17h, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atendimento de ocorrência de explosão na fábrica de ração JBS Foods, localizada na rua José Alencar, no bairro Vista Alegre, em Xanxerê, próxima ao Cemitério Municipal.

VÍTIMAS

No local, duas vítimas foram socorridas em estado grave em decorrência de queimaduras, sendo necessário intervenção médica da equipe do Samu.

As vítimas eram trabalhadores que realizavam manutenção (solda em estruturas metálicas) no momento do acidente, no interior do espaço. Oito bombeiros atuaram na cena e houve necessidade de apagar pequenos focos de incêndio em virtude da pirólise de alguns materiais.

MORTES

Leandro faleceu na manhã de quinta-feira,(03/11) no hospital. Ele teve 90% do corpo queimado.

Na noite de quinta-feira, dia 3, o segundo trabalhador, Bruno,  faleceu. Ele estava internado em estado grave no Hospital Regional São Paulo (HRSP), de Xanxerê, com diversas queimaduras pelo corpo.

CAUSA DA EXPLOSÃO

De acordo com os bombeiros, por ser um galpão de armazenamento de produtos cujos insumos contém quantidades significativas de farelo de grãos, a poeira gerada em sua movimentação (seja no transporte, processamento ou armazenagem) tende a gerar uma atmosfera saturada com partículas que, por se tratar de material orgânico e com grande superfície de contato, aumenta consideravelmente sua capacidade explosiva, ainda mais se tratando de um espaço confinado, onde há pouca ventilação.

O contato desse pó com uma fonte de ignição, chama da máquina de solda, por exemplo, é a principal probabilidade da causa do sinistro. Como houve comprometimento da estrutura, o local foi isolado para posterior averiguação. Fonte: TudoSobreXanxere-02/11/2022  

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