RIO NEGRO PODE PASSAR POR PIOR SECA DA HISTÓRIA
LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
O rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, na Amazônia, na América do Sul. É o sétimo maior rio do mundo em volume de água. Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica. Conecta-se com o Orinoco através do canal do Cassiquiare. Na Colômbia, onde tem a sua nascente, é chamado de rio Guainia. Seus principais afluentes são o rio Branco e o rio Vaupés. Disputa ser o começo do rio Orinoco junto com o rio Guaviare. Drena a região leste dos Andes na Colômbia. Após passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e, a partir dessa união, este último passa a chamar-se rio Amazonas.
Todo ano, com o degelo nos Andes e a estação das chuvas na região Amazônica, o nível do rio sobe vários metros, alcançando sua máxima entre os meses de junho e julho. O pico coincide com o "verão amazônico". O nível do rio abaixa até meados de novembro, quando novamente inicia o ciclo da cheia.
Em Manaus, a máxima do rio Negro vem sendo registrado há mais de cem anos, e há um quadro no Porto de Manaus com todos os registros históricos, inclusive o da maior cheia até então, ocorrida em 2012, alcançando, até 21 de maio (antes do início da vazante), a cota de 29,97 metros acima do nível do mar.
Todos os rios da bacia Amazônica
sofrem o mesmo fenômeno de subidas e baixas em seus níveis, comandados pelos
dois maiores rios: o rio Negro e o rio Solimões (que, ao se encontrarem, abaixo
da cidade de Manaus, formam o rio Amazonas). A partir de 1º de junho de 2021,
esse registro foi superado, alcançando 29,98 metros , chegando, por fim, à nova
máxima histórica de 30,02 metros, em 20 de junho de 2021. Fonte: Wikipédia - 27
de maio de 2024.
CENÁRIO DA SECA
Rio Negro registra a menor cota da história em Manaus (AM). Nesta sexta‑feira (4), chegou à marca de 12,66 m – a menor já observada desde o início do monitoramento em 1902, ou seja, em 122 anos. Os dados foram divulgados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). De acordo com as projeções, os níveis podem reduzir ainda mais nos próximos dias.
“O processo de vazante do Rio
Negro deve ainda continuar ao longo do mês de outubro até que a onda de cheia
se estabeleça. Temos observado que a intensidade da descida tem diminuído. Saímos de um patamar de
descidas de 23 cm por dia para 14 cm diário e 11cm, nesta sexta‑feira ”,
explica o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência
Regional de Manaus, Andre Martinelli.
O valor da cota abaixo de
zero não significa a ausência de água no leito do rio. Esses níveis são
definidos com base em medições históricas e considerações locais, sendo que,
mesmo quando o rio registra valores negativos, em alguns casos ainda há uma
profundidade significativa.
O Rio Negro é o maior rio em
extensão na Bacia Amazônica, sendo um dos maiores rios do mundo em volume de
água.
A estiagem no Amazonas afeta
mais de meio milhão de pessoas, com cerca de 140.300 famílias prejudicadas de
alguma forma pela descida das águas. Todos os municípios do estado estão em
situação de emergência.
EVENTOS CRÍTICOS EXTREMOS
A última década tem sido marcada por eventos extremos na Bacia do Rio Amazonas associados às mudanças climáticas, como detalha o coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico do SGB, Artur Matos: “Os anos de 2021 e 2022 foram marcados por grandes cheias, enquanto os de 2023 e 2024 por grandes secas. É um indicativo de que os extremos estão mais frequentes”. Fontes: SGB - Serviço Geológico do Brasil - 04/10/2024; Agencia Brasil - Publicada em 30/09/2024
Marcadores: Meio Ambiente, seca
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