Airbag mortal motiva 2 milhões de recalls no Brasil
Até o momento, 11 marcas convocaram proprietários
brasileiros a comparecer às concessionárias para solucionar o problema no
dispositivo de segurança. Defeito já matou 13 pessoas no mundo
Se você é daqueles que não dão a devida importância aos recalls, seja não comparecendo à concessionária ou adiando o máximo possível para corrigir o problema é bom rever essa postura. Ela pode colocar em risco a sua segurança e a dos passageiros que transporta. Situação que pode agravar se o seu veículo estiver na lista dos modelos equipados com os ‘airbags mortais’.
DEFEITO NO DISPOSITIVO DE ABERTURA DAS BOLSAS INFLÁVEIS
Em 2013, veio à tona o defeito no dispositivo de abertura
das bolsas infláveis fabricadas pela empresa japonesa Takata, fornecedora de
grandes montadoras. No ano seguinte, o problema ganhou proporções mundiais ao
ser associado a mortes de usuários que dirigiam veículos equipados com o
componente.
Até maio deste ano, foram 13 ferimentos fatais causados por
fragmentos metálicos do insulflador, que acabaram projetados na direção dos
ocupantes após uma colisão frontal de intensidade moderada ou severa. Desses,
12 aconteceram nos Estados Unidos e 1 na Malásia.
As lesões seriam semelhantes a de facadas, uma vez que a
morte de um motorista acidentado em um carro equipado com airbags Takata fora
investigada inicialmente como homicídio, devido ao tipo de ferimentos
encontrados no corpo do condutor.
Atualmente, mais de 50 milhões de veículos foram convocados
ao redor do planeta para a verificação e possível troca do dispositivo. No
Brasil, o número já alcança 2 milhões de unidades das marcas Audi, FCA
Automobiles (Chrysler, RAM e Jeep), Honda, Mitsubishi, Nissan, Subaru, Toyota e
Volkswagen.
VÍTIMA QUE QUASE PERDEU A VISÃO DISSE QUE NÃO SABIA DO
RECALL
Uma das vítimas do airbag da Takata foi Stephanie Erdman, da
Força Aérea Americana, que testemunhou na comissão do Senado dos EUA sobre seu
acidente acontecido em 2013 quando dirigia seu Honda Civic 2002, em Destin, na
Flórida.
Ela estava dirigindo e, quando o acidente ocorreu - descrito em seu depoimento como um ‘impacto frontal moderado’ -, um estilhaço do insulflador perfurou o seu seio direito, atingiu seu nariz e foi parar perto do olho direito. Erdman disse que passou por várias cirurgias e até terapia e que sua visão está comprometida para sempre.
A vítima afirmou ainda que nunca recebeu um aviso de recall,
que a Honda admitiu ter lhe enviado em 2010, e que durante as três visitas de
serviço que fez ao concessionário antes do ocorrido, nunca foi informada de que
o modelo estava envolvido no chamado de reparo.
MULTA
Em novembro de 2015 o National Highway Traffic Safety
Administration (NHTSA), órgão dos Estados Unidos que regulamenta o setor de transportes,
aplicou uma multa recorde de US$ 200 milhões à Takata pelo recall global de
airbags defeituosos. Fonte: Gazeta do Povo - 15/06/2016Marcadores: transito

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