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segunda-feira, junho 19, 2017

Lembrança: Extrator de cera explode e incendeia fábrica da Ortal

Uma explosão em um extrator de cera da Ortal, Organização Tabajara Ltda, empresa de beneficiamento de cera de carnaúba, localizada na avenida Alberto Maranhão, bairro Santo Antônio, por volta das 10h30, de sábado, 16 de agosto de 2003, ocasionou um grande incêndio que levou mais uma vez o pânico a centenas de moradores da vizinhança.

ISOLAMENTO DA ÁREA
A polícia e o Corpo de Bombeiros chegaram ao local minutos depois de o incêndio começar a destruir as estruturas de um dos galpões e isolou a área.

MOMENTO DA EXPLOSÃO:
Moradores  relataram que o estrondo foi tão forte que chegaram a imaginar um terremoto. Simultaneamente, veio um vapor muito quente. Foi justamente esse vapor que causou as queimaduras nas pessoas.

PÂNICO NA VIZINHANÇA:
A maioria dos feridos estava na rua ou em casa na hora da explosão. Maria Francisca mora por trás da Ortal e, embora no interior da casa, sofreu queimaduras nos braços, nas pernas e no rosto. Abalada psicologicamente e com bolhas espalhadas pelo corpo, quase não conseguia falar. “Houve um desespero muito grande. A explosão e o fogo. Foi horrível”, contou.

Uma das vítimas foi o auxiliar de serviços gerais Edson Barbosa. Ele se encontrava a duas quadras do local, na Epitácio Pessoa, quando ocorreu a explosão.“Eu estava em cima da casa de minha mãe consertando uma antena quando ouvi a explosão. Fiquei parado e quando vi o fogo, sai correndo no telhado e minha única saída foi pular”, narrou Edson Barbosa que teve suas costas queimadas. Ele afirma que, se não tivesse tomado essa atitude a sua situação seria bem mais grave.

Moradores de áreas mais próximas da fábrica entraram em desespero. A dona-de-casa Maria Valdirene, por exemplo, só pensou em fugir. A casa dela fica vizinha à Ortal, na Rua Arthur Bernardes (parte de trás da fábrica). Ela começou a colocar toda a mobília na calçada, no desespero de tentar se mudar com os dois filhos. “Eu pensei que era o fim do mundo. Foi tão quente que eu pensei que o sol estava caindo”, disse Valdirene, depois de ser confortada por outros moradores que, temendo novas explosões, saíram das casas e lotaram as ruas. 

Local da explosão
 
DESESPERO NO INTERIOR DA FÁBRICA:
O soldador João Maria disse que na hora da explosão ele estava no banheiro, que fica vizinho ao extrator. “Escapei por um milagre, pois as chamas taparam a porta do banheiro e tive que sair por um pequeno túnel”, disse.
José Antônio, disse, trabalha na extração da cera. “Quando houve a explosão eu me tranquei no banheiro. Depois não conseguia mais abrir a porta”, confessou.
Antônio Soares conta que estava trabalhando quando ouviu a explosão. “Não deu tempo para reagir. O fogo se alastrou em seguida e o desespero tomou conta de todos”. Ele sofreu queimaduras nas costas, rosto, pescoço e braços.
Cícero contou que sobreviveu à explosão de por um acaso. Ele tinha sido chamado no escritório da firma. Quando entrou na sala ouviu a explosão. “Graças a Deus não foi a caldeira toda, se não todo mundo teria morrido”, disse.

DANOS MATERIAIS:
A explosão foi tão forte que atingiu casas e danificou veículos que estavam distantes 500 metros da fábrica.
O grau de intensidade foi tanto que arrancou parte do calçamento da rua Artur Bernardes, trecho que passa por trás da fábrica e atingiu o carro de um policial que estava acerca de 30 metros de distância.

VÍTIMAS:
Pelo menos 18 pessoas foram conduzidas com queimaduras para o Hospital Regional Tarcísio Maia . Muita gente que sofreu queimaduras leves não procurou o hospital.
Saíram gravemente feridos o funcionário Antônio Soares, e o agricultor Manoel Nogueira, que sofreram queimaduras em várias partes do corpo e tiveram de ser levados a Natal, depois de passarem pelo Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).
Várias ambulâncias foram acionadas e conduziram as vítimas para o HRTM, onde receberam os cuidados médicos.

ATENDIMENTO NO HOSPITAL:
O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) registrou atendimento de 18 feridos até às 14h de sábado, entre eles dois adolescentes e três crianças. Dois deles, Manoel Nogueira, agricultor e Antônio Soares, funcionário, foram transferidos para o Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, por volta das 13h30 de sábado, com queimaduras de 1o  e 2o  graus em várias partes do corpo. No momento da explosão, Manoel Nogueira que é agricultor passava por trás da fábrica pedalando sua bicicleta quando foi atingido pelas chamas. 
O atendimento de urgência mobilizou 15 profissionais, que de imediato cuidaram do resfriamento da pele e da imobilização da área atingida. Os dois pacientes em estado mais grave foram transferidos para Natal porque o HRTM não dispõe de unidade especializada para o tratamento de queimaduras graves.
Alguns foram liberados em seguida e outros ficaram em observação. Com queimaduras de 1o e 2o graus, o garoto Jonatan, 6, foi operado no HRTM. As outras duas crianças feridas ficaram em observação.
O atendimento de urgência no Tarcísio Maia começou depois das 11h e durou cerca de duas horas. Além dos ferimentos, a equipe médica cuidava da parte psicológica dos pacientes, sobretudo das crianças, em pânico com as cenas de horror a que assistiram.

BALANÇO DAS VITIMAS:
O agricultor Manoel Nogueira, faleceu às 16 h de segunda-feira, 25 de agosto, devido à gravidade dos ferimentos. Permanece ainda em Natal, 25 de agosto, também com queimaduras por todo o corpo, o funcionário da empresa  Antônio Soares. Cerca de 20 pessoas ficaram feridas.

CORPO DE BOMBEIROS: DEFICIÊNCIAS
As chamas, que atingiram 5 metros de altura, demoraram a ser dominadas pela equipe do Corpo de Bombeiros, que demonstrou mais uma vez estar completamente despreparado para combater incêndios de média densidade. Apenas um caminhão existe na corporação e não foi suficiente para debelar as chamas. Veículos particulares tiveram de ser acionados para ajudar a apagar as grandes labaredas.
O incêndio, depois da explosão, comprovou a fragilidade do sistema público para emergência na cidade de Mossoró. O Corpo de Bombeiros da cidade está totalmente desestruturado para situações de maior gravidade.

O caminhão do Corpo de Bombeiros chegou com mais de uma hora e meia depois que o incêndio começou. Mesmo assim, o único caminhão da corporação não tinha água suficiente para apagar o fogo. Por volta das 11h, o trabalho foi interrompido por falta d’água.
Para suprir essa carência, o jeito foi apelar para os carros-pipa. Três caminhões vieram trazendo água para que os bombeiros pudessem trabalhar e controlar o fogo. Um exemplo que serve de alerta para situações futuras.

CORPO DE BOMBEIROS: FUNCIONAMENTO
O Corpo de Bombeiros de Mossoró está instalado no Aeroporto da cidade. A corporação tem equipe de plantão, e também têm a atribuição de inspecionar instalações contra o risco de incêndio.
Apesar de ainda ter deficiências, o Corpo de Bombeiros de Mossoró esteve em situação pior. A corporação, há cerca de cinco anos, foi ridicularizada durante um incêndio no casarão histórico da dona-de-casa Odete Rosado, também chamado de “Catetinho”.
Na ocasião, a corporação sequer tinha carro e mangueira para combater o fogo. Os soldados tiveram que carregar água em baldes, com a ajuda de moradores, para conseguir apagar o fogo.
Hoje, a única viatura do Corpo de Bombeiros de Mossoró é de médio porte, já reaproveitada do Corpo de Bombeiros de Natal. O carro já não atende à necessidade do município.

SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO:
No local havia poucos extintores e nenhum hidrante.

FALTA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E OS ACIDENTES ERAM CONSTANTES:
Os funcionários da Ortal já estavam acostumados aos acidentes. Trabalhando sem equipamentos de proteção e lidando diretamente com produtos químicos e temperaturas elevadas, muitos trazem no corpo a marca desses acidentes.

Cícero Elias é um desses funcionários. Ele trabalha na Ortal fazendo o preparo da cera. Ele revelou que é comum ocorrerem acidentes de trabalho na empresa. Em um desses acidentes, no último mês de fevereiro, ele teve parte do corpo queimada.

PROVÁVEL CAUSA: FALTA DE PREVENÇÃO
Numa primeira análise, os indícios apontam para a inexistência de uma política de prevenção de acidentes dentro da empresa.
O especialista em prevenção de acidentes Alderi Nunes levantou a possibilidade de não estar havendo manutenção, ou de a empresa não ter profissionais treinados para lidar com caldeiras.
Essa suspeita hipótese vem de dois pontos;
■ O primeiro é que as caldeiras são antigas. Funcionam com combustível sólido (madeira) queimada. Esse tipo de equipamento requer um cuidado maior. Uma equipe preparada para lidar com ele e atenta para perceber o menor sinal de problema. “É preciso fazer manutenção constantemente e ter um sistema de treinamento assistido para os funcionários que trabalham com a caldeira”, explicou Alderi Nunes, lembrando que os órgãos de fiscalização precisam fazer a inspeção periódica no equipamento. Sobre o extrator, que foi justamente a parte que explodiu na caldeira da Ortal, Alderi disse que ele funciona como se fosse um exaustor. É preciso ter o controle sobre a quantidade de vapor. Se esse controle não for bem-feito existe o risco de haver a explosão.
■ Outro ponto que Alderi questionou diz respeito aos operadores das caldeiras. O especialista lembrou que a norma número 13 (NR-13) do Ministério do Trabalho, que trata do trabalho com caldeiras, fixa números variáveis de operadores de acordo com a potência do equipamento.

Jesus José Luiz, ex-funcionário da empresa, trabalhou com extrator da cera. Ele disse que no interior da empresa existe um reservatório com 60 mil litros de solvente. O produto, altamente inflamável, é usado na separação da cera. Além do solvente, Jesus disse que existem muitos outros produtos químicos na fábrica que são usados no processo de produção. O armazenamento irregular só aumentava o risco de acidentes.

IRREGULARIDADES NA EMPRESA:
O alvará "Habite-se", que é expedido pelo Corpo de Bombeiros, está vencido desde 2001.
O "Habite-se" é obrigatório. Toda empresa com área construída superior a 150 metros quadrados precisa apresentar um projeto especial de prevenção e combate a incêndio. Só com a aprovação desse projeto e inspeção do Corpo de Bombeiros é que a indústria tem o alvará, que precisa ser renovado todo ano.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Mossoró, capitão Josenildo Acioli Bento, a empresa não apresentou o projeto, não renovou o alvará e, conseqüentemente, não foi inspecionada pela corporação.
Essa não-inspeção permitiu que a empresa trabalhasse com falhas técnicas que agravaram as dimensões do acidente de sábado. Acioli Bento informou que o sistema de proteção a incêndio da empresa praticamente não existe. O comandante confirmou que na empresa não existem hidrantes nem pára-raios.
Ele disse ainda que a quantidade de extintores é insuficiente. Itens que são básicos para uma empresa que trabalha com produtos inflamáveis e que está concentrada em área residencial.
O diretor da empresa, Rogério Barroso, negou que o acidente tenha ocorrido por negligência. Ele afirmou que os funcionários são treinados e que a empresa cumpre as normas de segurança.

PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES
A empresa um prazo estimado para reabrir sua fábrica de beneficiamento de cera de carnaúba: 15 dias. A previsão é do diretor administrativo da empresa, Rogério Barroso de Oliveira.
Ele disse que contratou um técnico em Fortaleza (CE) para fazer uma inspeção na empresa e apontar as causas do acidente. "Quando esse trabalho terminar a empresa vai divulgar uma nota oficial", informou. 
Também afirmou que a empresa voltará a funcionar no menor espaço de tempo possível. Esse prazo depende tão-somente do início da inspeção (19/08/03) e dos reparos que serão feitos. "Vamos trabalhar com toda a segurança", disse o diretor, informando que isso pode demorar até 15 dias.

PREJUÍZOS FINANCEIROS:
Segundo Rogério Barroso, a empresa tem um prejuízo de R$ 100 mil por dia parado. Caso se confirme a previsão de a empresa voltar a produzir só em 15 dias, a perda vai chegar a R$ 1,5 milhão. De acordo com o diretor, a retomada da produção da Ortal é algo inevitável, por causa dos compromissos da empresa com fornecedores e clientes. "Uma coisa é certa: vamos reconstruir e recomeçar. Não podemos ficar parados".

INTERDIÇÃO DECRETADA PELA DELEGACIA DO TRABALHO:
A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) constatou irregularidades na fábrica Organização Tabajara Ltda. (ORTAL). Uma equipe de fiscalização do órgão fez uma inspeção na empresa e determinou a interdição por tempo indeterminado.
Os fiscais da DRT informaram que as caldeiras da Ortal e os vasos de pressão (extratores) estavam inspecionados. Eles apresentaram documentos, assinados por engenheiros, atestando que os equipamentos estavam com condições de funcionamento.
O que existe de irregular está na estrutura da empresa. A Delegacia do Trabalho determinou que a Ortal reformule todo o prédio e as caldeiras e vasos de pressão. Tudo ficou comprometido por causa da explosão.
Recomendações exigidas;
■ a empresa terá que construir nova casa de caldeiras,
■ instalar iluminação de segurança,
■ preparar um número maior de operadores habilitados em curso reconhecido.
 a empresa também terá que criar uma brigada de combate a incêndio.
Enquanto esses requisitos não forem cumpridos, a empresa não volta a funcionar.

JUSTIÇA SUSPENDE O FUNCIONAMENTO DA ÁREA PRODUTIVA DA EMPRESA:
A justiça fixou em R$ 10 mil por dia, o valor da multa que a empresa Organização Tabajara Ltda. (ORTAL) terá que pagar, por dia, caso reative seu parque de beneficiamento e industrialização da cera de carnaúba. o valor foi estipulado pela juíza titular da 5ª Vara Cível de Mossoró, Carla Virgínia Portela da Silva Rocha.
A juíza tomou a decisão com base na ação cautelar, demandada pelo Ministério Público Estadual. Apenas, está permitido o funcionamento das atividades administrativas e contábeis da Ortal. A empresa só poderá reativar sua unidade de produção depois que sejam instalados equipamentos de segurança e que o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA) e o Corpo de Bombeiros emitirem pareceres favoráveis.

DIREÇÃO DA ORTAL IRÁ RECORRER DE DECISÃO JUDICIAL:
O Diretor da Ortal, Rogério Barroso de Oliveira, confirmou desativação e que irá recorrer. “Iremos recorrer sim desta decisão apresentando todos os documentos solicitados, inclusive do Idema e já suspendemos aquele setor que oferece maior risco, conforme o combinado em reunião com uma comissão de moradores e vereadores”, disse o diretor.
O diretor lembrou que as coisas não se resolvem assim tão rapidamente e a empresa não pode ficar parada. “Temos compromissos sociais, financeiros e de exportação, pois nossa empresa é a única do Rio Grande do Norte a trabalhar com o beneficiamento da cera de carnaúba”, esclarece Rogério. Além disso, a Ortal também oferece 70 empregos diretos e no período de safra entre as cidades que plantam a carnaúba, trabalham em torno de 10 mil pessoas.
Eles esperam que esta condição mereça algum tipo de atenção por parte das autoridades municipais, estaduais e até judiciária.

A EMPRESA:
A Organização Tabajara Ltda. ocupa uma área de 7.500 metros quadrados, entre a Avenida Alberto Maranhão e a Rua Arthur Bernardes, no bairro Bom Jardim (zona norte de Mossoró).
Na empresa trabalham 40 funcionários, que se revezam para manter o funcionamento 24 horas, todos os dias da semana. A Ortal tem uma produção de 250 toneladas de cera de carnaúba por mês. Cerca de 80% dessa produção é exportada para Estados Unidos, México, Alemanha, França, Itália, Inglaterra, Japão e Austrália.


Fontes: O Mossoroense – Mossoró/RN, Jornal de Fato – Natal/RN, Tribuna do Norte – Natal/RN, no período de 17 de agosto de 2003 a 26 de agosto de 2003.

Comentário: 

EXTRAÇÃO E PROCESSO DA CERA DE CARNAÚBA:
A Copernícia Cerífera, palmeira da qual se extrai a cera de carnaúba, cresce ao longo de rios, vales e lagoas do Nordeste brasileiro, assim como no Sri-Lanka, África e alguns países da América do Sul.
Entretanto, somente no Brasil esta palmeira desenvolve a capacidade de produzir cera. Suas folhas, de onde se extrai a cera, são cortadas durante a safra, que se estende do mês de agosto ao mês de dezembro, em processo que não agride o meio ambiente nem põe em risco a integridade das palmeiras, já que apenas as folhas são cortadas, nascendo nova folhagem na safra seguinte.
O próximo passo é a secagem das folhas pela exposição ao sol, seguido do processo de "batida", do qual se obtém um fino pó.
A cera de carnaúba é extraída do pó pelo cozimento e por extratores de solvente.
A qualidade e a cor da cera são definidas pela idade das folhas utilizadas. Em seguida, a cera é classificada e refinada, chegando à etapa final pronta para ser comercializada.

ATIVIDADE ECONÔMICA - CERA DE CARNAÚBA:
A extração de cera da carnaúba é uma das atividades mais antigas da economia potiguar.
Números da Secretaria Estadual da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia (Sintec) mostram que a cera de carnaúba ainda tem uma participação muito importante na balança comercial do Rio Grande do Norte. O produto corresponde à cerca de 3% do volume de exportação do Estado.

Por ano o Rio Grande do Norte exporta, em média, US$ 200 milhões. A participação da cera de carnaúba nesse montante é de US$ 6 milhões. Foram nada menos que três mil toneladas do produto vendidas, no ano passado, para Estados Unidos, França, México, Alemanha, Inglaterra, Japão, Austrália e África do Sul.
Somente nos quatro primeiros meses de 2003, o Rio Grande do Norte exportou US$ 1.33 milhão em cera de carnaúba. Nesse período o produto ocupava a 11ª posição no ranking dos mais exportados pelo Estado.
A empresa Ortal  é a única que beneficia a cera de carnaúba para exportação. Esse volume de dólares que entra no Rio Grande do Norte, via exportação da cera de carnaúba, é justificado pelo preço do produto. Uma libra da cera, pronta para exportar, é vendida por US$ 3,40. O quilo custa US$ 34,00.

Empregos:
Outro aspecto importante da cera de carnaúba está na geração de postos de trabalho. Números da Sintec mostram que cerca de dez mil pessoas trabalham na retirada das palhas da carnaúba, entre os meses de agosto e dezembro. No beneficiamento industrial da cera, são gerados outros 70 empregos diretos. Esses números mostram que a extração e o beneficiamento da cera de carnaúba é uma atividade muito importante para o Estado.

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posted by ACCA@11:44 AM