Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

quinta-feira, junho 30, 2016

Chuvas torrenciais invadem shopping na China

Fortes chuvas na  cidade de Jinan, China,  invadiu o centro comercial Ginza Shopping Mall. As áreas de circulação transformaram em rio arrastando mercadorias, causando danos  e perdas significativas para os lojistas. O "Ginza Shopping Mall" é um grande centro comercial subterrâneo, com uma área de mais de 40.000 metros quadrados e está localizado no coração de Jinan Molas Plaza. Fonte: Mail Online-24 June 2016

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terça-feira, junho 28, 2016

Depósito – Análise de Riscos

Os depósitos têm suas características peculiares e proporcionam elevado potencial  para perdas catastróficas. Os especialistas em riscos em depósitos  exigem total conhecimento do risco e sua proteção.

Princípios de proteção contra incêndio
As duas considerações básicas para proporcionar proteção adequada e razoável para armazenagem de mercadorias em depósitos são;
1-O comportamento do fogo na mercadoria
2-O sistema de armazenagem (arranjo físico)

Esses fatores determinam o projeto do sistema de controle ao fogo:
■ geral e sistema automático de sprinklers com hidrantes

As considerações básicas e as proteções resultantes exigidas podem ser afetadas pela própria edificação.

Por exemplo:
■altura da armazenagem,
■a máxima extensão possível para o fogo incontrolável,
■aberturas para ventilação (fumaça e gases quentes),
■acesso para os bombeiros,
■a própria edificação contribuindo para combustão e a possibilidade da cobertura, piso e estrutura     sofrerem colapso, devem ser consideradas de acordo as condições reais encontradas.

Essas duas considerações (item 1 e 2) mostram os aspectos que o comportamento do fogo depende:
■da facilidade de ignição,
■velocidade de propagação do fogo e
■variação do calor liberado pela mercadoria.

Também são conhecidos os fatores do arranjo físico, que incluem:
■altura do empilhamento,
■largura do espaço (corredor) e
■o tipo de armazenagem;  granel, volume ou sólido e armazenagem paletizada.
Todos os aspectos de armazenagem incidem e afetam a densidade necessária e a área de aplicação de água, e também como a água pode ser aplicada de maneira mais eficiente.

FONTES DE IGNIÇÃO
Algumas mercadorias, como fibras em fardos são facilmente igníferos, mesmo algumas vezes pelo atrito. Outras, como mercadorias em embalagens, necessitam de substancial ou prolongada fonte de ignição, exceto limpeza inadequada que permite acumular material de descarte, que pode facilmente inflamar se e agir como fonte de ignição para os produtos armazenados. Minimizando ou se possível eliminando a fonte potencial de ignição é importante.
As principais causas de incêndios em depósitos são;
■Cigarro
■Eletricidade
■Empilhadeiras (gasolina, a gás, diesel ou elétrica) e fagulhas de corte e solda

DESENVOLVIMENTO DO FOGO
O desenvolvimento do fogo depende principalmente das superfícies combustíveis, em particular o tipo de armazenamento e os espaços longitudinal e vertical entre as superfícies das cargas unitárias. A duração do fogo depende principalmente do tipo de material.

O fogo desenvolve em um padrão em forma de leque, origina-se de uma superfície externa ou no interior do empilhamento. O fogo pré aquece a base do material acima, que se inflama e queima, aumentando em tamanho e intensidade, movendo-se para cima.

A água do sprinkler alcança e controla o fogo na superfície externa do empilhamento, mas não pode alcançar  os espaços vertical e longitudinal entre as cargas paletizadas, dificultando o controle total do fogo.
A água do sprinkler poderá retardar o trabalho do fogo através da  parte superior do empilhamento, mas tem pouco efeito imediato na parte mais em baixo no interior dos espaços longitudinal e vertical.
Devido a esses problemas , resulta na persistência do fogo, exigindo auxílio do sistema de hidrantes  e equipamentos para movimentação de material para obter finalmente a extinção do fogo.

PRINCIPAIS TÓPICOS PARA ANÁLISE DE RISCOS DE DEPÓSITO EM GERAL:

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Existem depósitos de todos os tamanhos e formatos. Alguns foram construídos há mais de vinte anos e estão bem conservados. Outros são novos, de um pavimento,  com estruturas frágeis que não poderia resistir a um pequeno incêndio ou uma sobrecarga na cobertura.
Construção incombustível ou resistente ao fogo é a principal característica desejável a esse tipo de risco, incluindo também resistência a ventos.
O depósito ideal seria de um pavimento, sem subsolo, para facilitar o ataque ao fogo e a operação de ventilação (extração de fumaça) e salvamento. Construções estreitas são mais acessíveis do que grandes construções (formato quadrado).

COMPARTIMENTOS
As características construtivas internas deveriam incluir a divisão de grandes espaços com paredes corta-fogo, que elevam acima da cobertura. Nessas condições deveriam colocar nas aberturas portas corta fogo para isolar as áreas de escritório e de estocagem.

Nas áreas de estocagem, divisões adequadas deveriam existir para armazenagem de líquidos inflamáveis, aerossóis e plásticos. Com as divisões internas dificulta a propagação do fogo através da edificação e minimiza os prejuízos.

Ao longo das paredes externa deveriam existir aberturas de emergências para ajudar a combater ao fogo (para facilitar o acesso de bombeiros ou da brigada de incêndio). Em particular atenção, para edificações mais antigas ou que não foram construídas para atividades de ocupação atual de depósito e cuja proteção interna pode ser inadequada para  movimentação e transporte de armazenagem de embalagem para a década de 90, que contêm muito plásticos e produz significativamente uma carga elevada de combustível.

Observar atentamente a localização física do depósito. Existe algum risco sujeito a catástrofe natural (vendaval, alagamento, chuva e granizo) que poderia danificar a estrutura da edificação ou dificultar o acesso? Tais condições incluem; estrada sujeito a alagamento, pontes estreitas, acesso estreito ao depósito  dificultando manobras de veículos etc.
Freqüentemente passa desapercebido, a própria avaliação da edificação. O custo por metro quadrado pode variar enormemente devido ao tipo de construção, proteção interna e a localização do risco.

ARRANJO FÍSICO - ARMAZENAGEM
Os dois principais elementos para  taxação, quando está avaliando a exposição de depósito é a classificação da ocupação e a maneira em que os produtos estão armazenados, que é comumente chamado de arranjo de armazenagem ou disposição de armazenagem.
Baseada nessa informação é possível estimar a intensidade do fogo e a própria proteção interna exigida. Ainda que a classe de proteção se altera, a configuração da armazenagem permanece compatível independente do produto. O arranjo físico é baseado na movimentação do produto que melhor pode ser estocado, o tipo de edificação e o tipo de proteção indicado para o risco.

Os arranjo físicos de armazenagem são classificados em:
■armazenagem a granel,
■armazenagem por volumes,
■armazenagem em estruturas porta-paletes e em prateleiras.

Cada configuração cria diferentes tipos de espaços (vãos longitudinal e vertical entre as mercadorias, propiciando a circulação de ar, fig 1) que  afetará a maneira de propagação do fogo (intensidade e velocidade).

ARMAZENAGEM A GRANEL
O empilhamento consiste de materiais não embalados (a granel). O material empilhado tomará a forma de acordo com suas características físicas . Como exemplos: grãos, peles, carvão, etc. 
Geralmente essas mercadorias serão encontradas em silos, tanques, caçambas empilháveis (parafusos, porcas, pequenas peças,etc), contentores rígidos (com descarga pelo fundo e afunilado) e empilhamento de material a granel no piso da edificação.
Enquanto esse termo deveria ser familiar para alguém que está subscrevendo riscos, dificilmente você verá esse tipo de configuração  para armazenagem em depósito de mercadorias em geral.

ARMAZENAMENTO EM EMPILHAMENTO POR VOLUME OU SÓLIDO
O arranjo físico mostra caixas, papelão, fardo, bag (a carga é envolvida por um filme), que são empilhados uns sobre os outros. Há um mínimo de ar ou espaço entre eles, que reduz o desenvolvimento do fogo.
O empilhamento é feito manual ou por empilhadeira. Esse tipo de arranjo físico é desejável comparado com o paletizado ou por prateleiras, porque há menos potencial de fogo para desenvolver e a aplicação da água é mais eficiente. E importante observar que o empilhamento excessivo, acima de 4,6 m pode apresentar perigo quando as superfícies externas de outros materiais armazenados têm  propriedades de propagar e inflamar-se rapidamente.
É necessário a utilização de sprinkler para mercadorias armazenadas dessa maneira em função do tipo de mercadoria e altura.

ARMAZENAGEM EM PORTA PALETES EM ESTRUTURAS PESADAS
O arranjo físico  refere-se a carga unitária (pequenos volumes que são agrupadas de modo a constituírem unidades maiores, de tipos e formatos padronizados, para que possam ser mecanicamente movimentadas) ou mercadorias agrupadas em paletes.
O tamanho da carga  é de cerca de 1,20 m de altura e o formato é de um cubo. O arranjo em cubo permite que unidades adicionais podem ser empilhadas uns sobre os outros, sem esmagamento.

A dimensão do palete atual é de 1m x 1m e pode ser feito de madeira, metal e plástico. Ele é projetado para permitir a introdução dos garfos da empilhadeira e sua movimentação com paletes com mercadorias. A armazenagem paletizada, em geral,  alcança  9 m de altura e sua limitação é a estabilidade do empilhamento da mercadoria.
A armazenagem por paletes permanentes cria muito espaço horizontal,  facilitando a propagação do fogo, pois os sprinklers não podem alcançar o interior da armazenagem, devido o arranjo simétrico do empilhamento. É necessário a utilização de sprinkler para mercadorias armazenadas dessa maneira, em função do tipo de mercadoria e altura.


PALETES VAZIOS
Outra preocupação é com paletes vazios. Essa armazenagem apresenta exposição  severa ao fogo e pode ser encontrada, geralmente na maioria dos depósitos que emprega esse tipo de armazenagem.
Quando inspecionar esse tipo de risco, confirmar a armazenagem de paletes vazios se eles estão adequadamente controlados. O controle adequado deveria incluir a limitação de altura dos empilhamentos dos paletes vazios ou manter fora da edificação (afastado das paredes externas). Proteção especial é necessária para esses riscos que tem a principal exposição a paletes vazios.

ARMAZENAGEM EM ESTRUTURAS LEVES
O arranjo físico das estruturas leves inclui várias combinações; horizontal, vertical e partes em diagonal, que suportam materiais armazenados.
Algumas estruturas são as tradicionais estantes metálicas.  As prateleiras podem ser fixas, móveis e deslizantes.

O carregamento pode ser manual, utilizando  empilhadeira, guindaste móvel, transelevador (torre rolante-empilhadeira) ou sistema integrado de armazenagem automática (movimentação, estocagem e coleta são executadas automaticamente). 
A armazenagem em estrutura leve, refere-se para as seguintes terminologias: porta paletes convencional, porta paletes com dupla profundidade, estantes deslizantes, prateleiras simples. 
Sistema de transelevadores
para armazenagem

A altura média da estrutura é de 7,60 m, embora muitas das configurações são mais elevadas. Em alguns depósitos automatizados, as estruturas podem alcançar 30 m de altura.
O corredor de operação em depósito automatizado pode ser tão estreito,  podendo alcançar 1,20 m. 

Com isso, o fogo pode facilmente passar de um lado para o outro, incluindo também os espaços horizontais de quase 30 cm, que está sob cada camada de suporte, que apresenta espaço para movimentação .
O espaço vertical e horizontal existe entre as cargas unitárias . Esse tipo de espaçamento permite a propagação do fogo tanto na vertical como na horizontal.

Felizmente, a maioria  da estrutura de armazenagem é capaz de suportar o sistema de sprinklers , com projeto adequado pode efetivamente controlar o fogo.
Prestar atenção para instalação de “in rack sprinkler” quando a altura da armazenagem estiver entre 3,60 m e 6 m. Riscos que possuem altura de armazenagem superior a 6m deveria possuir proteção de sprinkler (in rack sprinkler).







A seta amarela indica o espaço vazio que facilita o trajeto da água do sprinkler.
A seta vermelha, o espaço longitudinal entre os paletes que facilita o trajeto da água do sprinkler.









a-Caixa de papelão sobre palete de madeira – empilhamento sólido
b-Sistema de Armazenagem - Estantes metálicas












CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
Cada risco de armazenagem deveria ser avaliado em função da mercadoria  que está armazenada e bem o seu arranjo físico. Em função desse critério, pode então determinar se a proteção adequada está em seu lugar. Ter em mente que exigência da proteção é muito geral e pode variar de risco para risco. A classificação obedece à norma da NFPA  231, Standard for Indoor General Storage.

Classe 1
Essas mercadorias são essencialmente produtos não combustíveis armazenados em paletes combustíveis, em caixas de papelão corrugado com ou sem divisões,  em papel de embrulho com ou sem paletes. Ex. gêneros alimentícios, bebidas,  vidros em geral e produtos de metais

Classe II
Essas mercadorias são produtos da classe “I” armazenados em engradados de madeira, em caixas de madeira sólidas, em caixas de papelão com várias divisões, ou embalagem de material combustível equivalente com ou sem paletes.

Classe III
Essas mercadorias são madeira, papel, tecido de fibra natural, plástico do grupo C em quantia limitada com ou sem paletes. Os produtos podem ter uma quantidade limitada de plásticos do grupo A ou B. Ex.  A bicicleta, com manoplas, pedais, assento e pneus  com quantidade limitada de plástico.

Classe  IV
Essas mercadorias são das classes I, II ou III com produtos de plástico do grupo “A”em quantidade apreciável em caixas de papelão . Produtos das classes  I,II,III em caixas de papelão embalados em plásticos do grupo “A”  com ou sem paletes.  Também inclui nesta classe plásticos do grupo “B” e granulados ou livres (embalagem interna) do grupo “A”.

Plásticos
Em geral, a combustão de plásticos produz duas vezes mais de calor por unidade de peso do que materiais celulósicos (madeira, papel e tecido de algodão). Nas quatro classes de mercadorias indicadas, as referencias aos plásticos são divididos em três grupos, A,B, e C.
O grupo “A” inclui os plásticos que queimam rapidamente e os grupos B e C os plásticos que queimam lentamente.
Principais plásticos pertencentes aos grupos A, B e C.
Verificar a lista completa na NFPA 231

Grupo A
Grupo B
Grupo C
ABS, borracha natural, borracha sintética,  PET, policarbonato, polietileno, polipropileno, poliuretano e PVC (filme).

Nylon,  acetato celulósico.

PVC rígido,  melamínico.


AEROSSÓIS
Mínima quantidade apresenta exposição significativa ao fogo e exige armazenagem especial. É encontrado em muitos depósitos em geral, tais como; mercearia, em depósitos de loja de departamento e de computador.
Indagar se essas mercadorias estão presentes e como elas estão armazenadas. Elas deveriam ser mantidas em uma área isolada, onde o evento do fogo, não seria capaz de ignizar se  e provocar a ignição de outras áreas através dos aerossóis funcionando como propelentes (projéteis).
Os aerossóis são classificados em dois grupos : inflamáveis, não inflamáveis e em três níveis:

Nível 1
Nível 2
Nível 3
contém 75% de água, não inflamável

água  miscível com produto e produtos composto com 25% a 55% de não água miscível com componentes inflamáveis

 não água miscível com produtos, que contém mais do que 55% de não água – miscível com componentes inflamáveis


ARMAZENAGEM DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
A armazenagem de líquidos inflamáveis apresenta a possibilidade de exposição severa. As quantidades limitadas  de líquidos inflamáveis permitidas em depósito devem ser armazenadas em local isolado. Líquidos inflamáveis das classes I, II e III deveriam ser armazenadas em locais distantes a cerca de 15 m das instalações. 

Resumo da classificação de líquidos inflamáveis
Verificar com mais detalhe – NFPA 30 – Flammable and Combustible Liquids Code

Classe l :
Líquidos com ponto de fulgor igual ou acima dos 22,8oC, mas abaixo dos 37,8oC.Ex. álcool

Classe II:
Líquidos com ponto de fulgor igual ou acima 37,8oC , mas abaixo dos 60oC, exceto misturas nas quais 99% dos componentes tenham pontos de ignição de 93,3oC ou superior. Ex. querosene

Classe III A:
Líquidos com ponto de fulgor igual ou acima dos 60o C, mas abaixo dos 93,3oC, exceto misturas nas quais 99% dos componentes tenham pontos de ignição de 93,3oC ou superior; Ex. nitrobenzeno

Classe III B:
Líquidos com ponto de fulgor igual ou acima dos 93,3oC. Ex. óleo vegetal e animal, etilenoglicol

ARMAZENAGEM DE MERCADORIAS
Mercadorias de classe I-IV podem ser armazenadas em empilhamento sólido, em paletes e em prateleiras. A altura mais segura para empilhamento sólido é até 4,60 m.  Armazenagem em porta paletes acima de 4,60 m deveria ser usado in rack sprinkler. Para armazenagem acima de 4,60 m  utilizar a norma de NFPA.  Alturas acima de dessas mencionadas exigem estudos especiais.

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
O sistema automático de sprinklers deveria ser padrão para todo risco de armazenagem.
A vazão estimada de cobertura dos sprinklers para mercadorias de classe I deveria ser de  5.678 lpm (1500 gpm) para uma área de operação de  325 m2 .
Esse critério é baseado, utilizando sistema de sprinklers com “tubulação molhada”, temperatura de 74oC e considerando altura de armazenagem de 6 m.
A pressão real de água necessária é em função do projeto do sistema de sprinkler para cada tipo de depósito. A duração do fornecimento de água seria de 60 min a 90 min  para mercadorias de classe I armazenadas até a altura de 6 m e de 120 min para mercadorias armazenadas acima de 18 m.
Cada sistema de sprinkler é projetado para cada tipo de depósito levando em consideração o tipo de mercadoria e o sistema de armazenagem.
Os dados relacionados aumentam significativamente com o tipo de classes de mercadorias.
As vazões estimadas para cobertura de sprinklers,  para cada tipo de classe, foram baseadas em  sistema sprinklers com “tubulação molhada”, para temperatura de 74oC e considerando altura de armazenagem de 6 m. 

   
Classe de mercadoria
Vazão
Área de operação
Duração
Classe I
5.678 lpm (1500 gpm)
325 m2   
 90 min a 120 min
Classe II
6.435 lpm (1700 gpm)
325 m2  
90 min a 120 min
Classe III
7.945 lpm (2100 gpm)
325 m2  
90 min a 120 min
Classe IV
10.977 lpm (2900 gpm)
325 m2  
120 min a 150 min

É importante ter o relatório de inspeção para avaliar o sistema de sprinkler de cada risco. Verificar se o abastecimento de água  é adequado para a demanda do sistema de sprinkler.
Proteções adicionais incluem central de sistema de alarme que é usado para controlar  os sistemas de detectores de calor e de fumaça, assim com o sistema de sprinkler, interligado ao departamento de segurança para ser notificado rapidamente.
Outras proteções deveriam ser incluídas como; extintores de incêndio e sistema de hidrantes. Esses equipamentos de emergência podem ser utilizados pela brigada de incêndio para ajudar a controlar o fogo até a chegada do Corpo de Bombeiros.
Fonte : @ZR, General Cologne Re - FacWorld e Fire Protection Handbook – National Fire Protection Association –2001

Comentário: Dados da NFPA

Incêndio em depósitos
No período de 2009-2013, Corpo de Bombeiros dos EUA registraram aproximadamente 1.210 incêndios em armazéns a cada ano. Estes incêndios causaram em média anual três mortes, 19 feridos, e US$ 155 milhões em danos à propriedade.
■ 18% dos  incêndios foram intencionais. Estes incêndios representaram 32% dos  danos materiais  a propriedade.
■ 18% foram causados por fiação elétrica ou equipamentos de iluminação
■ 17%  danos à propriedade direta.
■ 13% dos incêndios foram causados por fontes quentes (soldagem, trabalhos a quente)

Vídeo
Teste realizado no Centro de Pesquisa Factory Mutual Global. Há dois porta-paletes de 4,5 m de altura, a unidade do lado direito é protegido por sprinkler, do lado esquerdo sem proteção.

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terça-feira, junho 21, 2016

Erros comuns ao testar eletricidade

Profissionais que trabalham com eletricidade rapidamente desenvolvem respeito saudável por qualquer coisa que tenha possibilidade remota de estar "viva". Entretanto, a pressão para terminar o trabalho dentro do prazo ou fazer com que um equipamento de missão crítica volte à atividade pode provocar descuidos e erros incomuns até mesmo de eletricistas mais experientes. É preciso estar atento para garantir e maximizar a segurança nas medições elétricas e, assim, otimizar o desempenho dentro do ambiente de trabalho.

■Ao executar uma medição elétrica, é fundamental que o eletricista não troque o fusível original por um mais barato. Se o multímetro digital cumpre os padrões atuais de segurança, esse dispositivo é um fusível especial de areia, projetado para estourar antes que a sobrecarga chegue às mãos do profissional. Ao trocar o fusível do Multímetro é necessário certificar-se de usar um fusível autorizado.

■Outro erro comum no teste de eletricidade é usar pedaço de fio ou metal para "desviar" a energia totalmente do fusível. Isso pode parecer um bom e rápido reparo para situações em que não há um fusível extra, mas é exatamente esse fusível que pode proteger o profissional de um pico de energia.

■Para garantir uma medição segura, também é necessária a utilização de ferramentas de teste adequadas. É importante que o Multímetro seja apropriado para o trabalho a ser feito. O ideal é assegurar-se de que o equipamento de teste tenha a classificação correta de categoria para cada trabalho que o eletricista desempenha, mesmo que isso exija a troca de Multímetros ao longo do dia.

■É comum utilizar-se multímetros mais baratos para fazer teste elétrico. Porém, caso ocorra um acidente, é sinal de que a ferramenta barata não tinha os recursos de segurança que afirmava ter. Dessa forma, o melhor a se fazer é procurar testes de laboratórios independentes.

■Equipamentos de segurança, como óculos, luvas e a vestimenta à prova de fogo são indispensáveis para que o eletricista esteja sempre protegido.

■Além disso, o circuito no qual o profissional está executando seu trabalho deve ser desenergizado sempre que possível. Caso a situação exija que o trabalho seja desempenhado em um circuito vivo, é essencial que o profissional utilize ferramentas com isolamento adequado, tire relógio e joias e permaneça sobre um tapete isolado.

■ Para uma medição sem riscos não se pode abrir mão de utilizar procedimentos adequados de lockout (bloqueio) e tagout (colocação de avisos). Ao trabalhar com circuitos vivos, um velho truque dos eletricistas pode ajudar e muito: ficar com uma das mãos no bolso. Isso diminui a possibilidade de fechar um circuito ao longo do tórax, passando pelo coração. O ideal é pendurar ou apoiar o medidor, evitando segurá-lo nas mãos para impedir a exposição aos efeitos dos transientes.

■ As pontas de prova são um componente importante da segurança do multímetro, portanto, menosprezá-las é inadmissível. As pontas de prova devem corresponder ao nível de categoria do trabalho, além de isolamento duplo, conectores de entrada reforçados, proteção para os dedos e superfície que não escorrega.

■ Não utilize indefinidamente uma ferramenta de teste antiga. As ferramentas de teste atuais contêm recursos de segurança que antes eram desconhecidos e que justificam o custo da atualização do equipamento, além de serem muito mais baratas do que uma ida ao pronto-socorro.

■Bons instrumentos possuem recursos de segurança como: proteção contra ligações erradas, certificação de órgãos independentes, fusível de ação rápida, ajuste de escala automático, entre outros.

Merece ser ressaltado que nenhuma ferramenta, por melhor qualidade e número de certificações que tenha, faz o trabalho sozinho. Cabe ao usuário aprender os regulamentos e padrões de segurança,  conhecer a norma ABNT NBR 5410 para instalações elétricas de baixa tensão.
 e usar com eficiência no trabalho. É a segurança do usuário que está em jogo.  

Fonte: @ZR, René Guiraldo, engenheiro elétrico com especialização em telecomunicações, com experiência de mais de dez anos no mercado de teste e medição.

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quinta-feira, junho 16, 2016

Energia eólica - montagem de turbina

Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água.

Assim como a energia hidráulica, a energia eólica é utilizada há milhares de anos com as mesmas finalidades, a saber: bombeamento de água, moagem de grãos e outras aplicações que envolvem energia mecânica. Para a geração de eletricidade, as primeiras tentativas surgiram no final do século XIX, mas somente um século depois, com a crise internacional do petróleo (década de 1970), é que houve interesse e investimentos suficientes para viabilizar o desenvolvimento e aplicação de equipamentos em escala comercial.

A primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica pública foi instalada em 1976, na Dinamarca. Atualmente, existem mais de 30 mil turbinas eólicas em operação no mundo. Em 1991, a Associação Européia de Energia Eólica estabeleceu como metas a instalação de 4.000 MW de energia eólica na Europa até o ano 2000 e 11.500 MW até o ano 2005. Essas e outras metas estão sendo cumpridas muito antes do esperado (4.000 MW em 1996, 11.500 MW em 2001). As metas atuais são de 40.000 MW na Europa até 2010. Nos Estados Unidos, o parque eólico existente é da ordem de 4.600 MW instalados e com um crescimento anual em torno de 10%. Estima-se que em 2020 o mundo terá 12% da energia gerada pelo vento, com uma capacidade instalada de mais de 1.200GW (WINDPOWER; EWEA; GREENPEACE, 2003; WIND FORCE, 2003).

Recentes desenvolvimentos tecnológicos (sistemas avançados de transmissão, melhor aerodinâmica, estratégias de controle e operação das turbinas etc.) têm reduzido custos e melhorado o desempenho e a confiabilidade dos equipamentos. O custo dos equipamentos, que era um dos principais entraves ao aproveitamento comercial da energia eólica, reduziu-se significativamente nas últimas duas décadas. Fonte: Aneel


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quarta-feira, junho 15, 2016

Avião cargueiro da Embraer faz primeiro teste de voo

O avião, produzido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), é o maior já desenvolvido no Brasil.

O voo durou uma hora e 19 minutos e tudo correu bem. O período de testes deve durar até o fim de 2016.

A partir daí, as aeronaves começarão a ser entregues à Força Aérea Brasileira (FAB) - serão 28 unidades em 12 anos.

O avião deverá substituir o C-130 Hércules em todas as suas missões, como transporte de tropas e de carga, lançamento de paraquedistas, busca e combate a incêndios. O aparelho é mais veloz que o Hércules, que atinge 671 quilômetros por hora (km/h). O modelo da Embraer chega a 870 km/h.

O KC-390 mede 35,20 metros, tem altura de 11,84 metros e envergadura de 30,05 metros. É um avião que permite abastecimento em pleno voo e pode transportar até 23 toneladas.

Ele pode transportar 80 soldados equipados, 64 paraquedistas ou 74 macas e uma equipe médica.

Como reabastecedor, o KC-390 será capaz de transferir combustível em voo para aviões e helicópteros.
Fonte: Agência Brasil -  04/02/2015



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domingo, junho 12, 2016

Lembrança:Engavetamento na rodovia Castelo Branco

Um engavetamento que envolveu pelo menos 20 veículos deixou mortos na madrugada de 05 de julho de 2002, na rodovia Castelo Branco, na região de Sorocaba (100 km a oeste de SP).

CAUSA:
Segundo a Polícia Rodoviária, o Corpo de Bombeiros e a empresa concessionária Rodovia das Colinas, a forte neblina causou uma série de acidentes na pista, no sentido São Paulo, envolvendo carros de passeio, caminhões, carretas e uma ambulância.
Segundo testemunhas, tudo começou quando o motorista da carreta perdeu o controle e acabou batendo em outro caminhão, no quilômetro 82, por volta das 5h30m. Minutos depois, uma ambulância da PM bateu na carreta. A seguir outros veículos se chocaram, entre eles um carro da PM.
Em seguida, cinco caminhões se envolveram em um acidente na pista contrária devido a forte neblina.
O acidente foi o mais grave da história da rodovia, inaugurada no fim da década de 1960. As duas pistas foram interditadas. Do alto, o trecho ficou parecido com um cenário de guerra.

NEBLINA E FUMAÇA
De acordo com o tenente Gilberto Bento Dias; "Nesse trecho é comum ter esse problema de neblina, mas parece que hoje estava muito pior, independentemente da fumaça."
"Não dava para enxergar nada a dez metros de distância", afirmou o policial rodoviário Carlos Henrique Carvalho, que passava no local no momento do acidente.
Tudo por causa da neblina incomum e da fumaça provocada por uma queimada ao lado da pista interior-capital. “Não sabemos a origem desse incêndio”, explicou o capitão Alves, que comandava o resgate. “Mas a neblina estava muito forte.”
Francisco Peres, gerente de operações da concessionária Colinas, que administra esse trecho da rodovia, informou que havia incêndios nas margens da Castelo, fora da área sob controle da empresa.

FORMAÇÃO DA NEBLINA
Segundo a meteorologista Neide Oliveira, do 7.º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia, a partir de agora a intensidade e a freqüência dos nevoeiros vai aumentar até setembro, quando começa a decrescer. "Isso ocorre porque essa é uma época em que nossa região é coberta por uma massa de ar seco e frio", diz. "São fatores que favorecem a formação de neblina. Além disso, é preciso um pouco de umidade e vento fraco."

Neide explica que a massa de ar seco deixa o céu claro, o que faz a terra ir se aquecendo durante o dia. A partir das 16 horas, a intensidade do sol começa a diminuir. Como o ar está seco não há a formação de nuvens, que ajudariam a manter esse calor. A terra passa, então, a perdê-lo rapidamente.

Assim, no início da manhã seguinte, é a hora em que a temperatura está mais baixa, o que ajuda a aumentar a umidade que há nas regiões mais propensas a nevoeiros. "A camada de ar próxima à superfície fica, então, mais fria e úmida que a imediatamente acima", explica a meteorologista. "Mas isso não basta para criar a neblina. É necessário ainda um leve vento, que causa uma pequena instabilidade, misturando as duas camadas. A umidade do ar transforma-se, então, em gotículas e está formada a neblina."

Assim se explica porque os nevoeiros são mais freqüentes e intensos em alguns trechos, como o topo da Serra do Mar, na altura da interligação das Rodovias Anchieta e Imigrante. Ali é frio, por causa da altitude, e úmido, por causa da vegetação abundante. O mesmo ocorre, na região da Barra do Turvo, no trecho entre os km 523 e 557, da Régis Bittencourt. Lá, além desses dois fatores, a umidade é aumentada pela existência de vários pequenos rios. Nesses trechos todo cuidado é pouco.

ENGAVETAMENTO
O engavetamento, que tinha uma extensão de 300 m, envolveu 13 caminhões, quatro carretas e oitos carros de passeio.
Num dos carros de passeio, um homem, uma criança, e uma mulher grávida morreram carbonizados quando o veículo pegou fogo ao ser atingido por um caminhão no engavetamento.

INTERDIÇÃO DA ESTRADA
A rodovia ficou interditada nos dois sentidos. Funcionários da concessionária e da Polícia Rodoviária orientaram os motoristas na região do acidente para utilizarem  as estradas alternativas.
As pistas foram liberadas à tarde.

CONCESSIONÁRIA DA RODOVIA
A Rodovia das Colinas é a concessionária responsável pelo trecho da Castelo Branco na região de Boituva, onde aconteceram os acidentes.

RESGATE
A operação para resgate das vítimas contou com 50 funcionários da concessionária Rodovia das Colinas, 40 policiais militares rodoviários, 15 policiais civis e militares, 30 homens do Corpo de Bombeiros de Tatuí e Sorocaba, 20 funcionários das concessionárias ViaOeste e Spvias, além de ambulâncias e guinchos.

HOSPITAIS
Os feridos na série de colisões foram levados por bombeiros, carros de polícia e particulares para o Hospital Regional de Sorocaba, Santa Casa de Itu, hospitais de Tatuí e de Boituva. Mas muitas pessoas com ferimentos leves recusaram o atendimento médico.

VÍTIMAS
12 pessoas morreram, sendo seis policiais e 41 ficaram feridas

TESTEMUNHAS DA TRAGÉDIA
O sargento da Polícia Rodoviária Estadual Nelson Martins dos Santos estava no km 88 da Castelo Branco na hora dos acidentes. "A neblina era tanta que não deu para enxergar nada. Só deu para escutar o forte barulho da batida."
Ele chegou ao local pouco antes do engavetamento. "Eu ia atender à batida de uma ambulância contra um caminhão no km 82 quando avisaram pelo rádio que a situação era crítica no km 88, por causa da neblina." Ele chegou ao local pouco antes da batida. "Começaram os barulhos de batida logo atrás. Corri para o meio do mato. Nunca vi nada igual."

O também policial rodoviário Carlos Henrique Carvalho, 43, seguia num ônibus para São Paulo quando houve o acidente com a ambulância no km 82. "Estava ajudando as vítimas quando vi o clarão na estrada causado pela explosão do Voyage", disse.
O soldado, então, foi para o km 88. "Estava um caos, com pessoas gritando, espalhadas pela pista. Vi os ocupantes do Voyage morrerem pegando fogo. Foi horrível. Jamais vou esquecer."

Seu maior choque foi o estado de Daiane Cristina Godoy Nicolina, 11, que seguia na ambulância para o Incor (Instituto do Coração), onde seria operada.
Carvalho diz ter feito massagem cardíaca na menina antes de ela ser levada para o Hospital Regional de Sorocaba. Daiane acabou morrendo no hospital.
O caminhoneiro José dos Santos, 43, envolvido no engavetamento, disse que foi atingido por outro caminhão quando um amigo, que estava mais à frente, o avisava pelo rádio da batida. "Acabei batendo no carro à minha frente. Não dava para enxergar nada."


1-Um Voyage e uma carreta se chocam. O carro ficou carbonizado. Três  pessoas morreram no local
2-Ambulância bate na traseira de uma carreta. Uma criança morre no hospital
3-12 caminhões, 2 carretas e 6 carros se envolveram em engavetamento. Um morto no local
4- Carro da Policia Militar bate em caminhão. Seis mortos no local.


PONTOS CRÍTICOS DA ESTRADA
A Polícia Rodovia Estadual mapeou os pontos de maior incidência de neblina na Castelo Branco. Os trechos onde ocorreram os acidentes que deixaram 13 pessoas mortas, ontem, aparecem na relação. Na baixada do km 82, passa o Córrego Cajuru e há um lago utilizado como pesqueiro, que ajudam a formação de nevoeiro. No km 88, a neblina se forma na várzea do Ribeirão Caguaçu.

Nesse local, já ocorreram vários acidentes graves. O relatório da polícia alerta também para um longo trecho de nebulosidade entre os quilômetros 118 e 124 da rodovia, correspondentes aos terrenos do Rio Sorocaba.
Nos quilômetros 132, onde passa o Rio Guarapó, e 143, onde o Ribeirão Aleluia margeia a pista, são comuns os nevoeiros nas noites do inverno.
Outro ponto crítico, do km 181 ao 200, corresponde à Cuesta de Botucatu (Alto da Serra), região de pequenas serras. Não há sinalização específica alertando para o perigo. A Polícia

Rodoviária tem recomendado aos motoristas para reduzirem a velocidade e usarem luz baixa ao passar pelo trecho de neblina. Também deve ser mantida distância do veículo que segue à frente.
De agora em diante até setembro, a neblina é mais um motivo para que os motoristas redobrem os cuidados ao trafegar pelas rodovias de São Paulo. Nas 10 principais estradas que saem da capital há, somados, pelo menos 32 trechos onde os nevoeiros são mais freqüentes e intensos. Eles ocorrem nas regiões mais úmidas, de vales, topos de serras, cortadas por rios, com lagos ou represas e vegetação abundante.
Fonte: @ZR, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde e O Globo, período de 5 a 6 de Julho de 2002.

Comentário:
Existe extensa literatura internacional sobre o estudo do comportamento da fumaça e da neblina em estradas, principalmente nos Estados Unidos. Nos USA as principais Agencias Federais de Segurança, tais como; EPA (Environmental Protection Agency) e NTSB( National Transportation Safety Board), possuem normas e estudos para as condições mínimas de visibilidade, em que os responsáveis pela manutenção das estradas devem seguir.
Pelas informações de algumas pessoas envolvidas no acidente a visibilidade não ultrapassava a 10 m. Pelas normas americanas, o tráfego de veículos deveria ser interrompido.

O que diz a EPA, em relação à neblina
A  distância  aceitável de visibilidade é baseado no limite de velocidade e na característica da estrada (estrada separada por faixa ou estrada separada por canteiro central ou defensa). Os limites são obtidos através de uma fórmula que inclui o tempo de reação do indivíduo e a distancia percorrida pelo carro (tempo de reação para parar)

Tabela
Limite de velocidade
Visibilidade Mínima Aceitável (VMA)

20 km
8 m
25 km
15 m
30 km
23 m
40 km
33 m
50 km
44 m
55 km
56 m
65 km
71 m
70 km
86 m
80 km
103 m
90 km
121 m
100 km
163 m
Obs: Para estradas de mão única (separada por faixa de rolamento), o limite de visibilidade aceitável deverá ser dobrado, devido à colisão frontal. Um monitor de fumaça (equipamento de visibilidade) deverá monitorar a visibilidade em relação aos objetos de uma distância  aparente (estudo das condições de visibilidade).

O Departamento de Serviço Florestal e de Agricultura dos Estados Unidos, alerta para as queimadas próximas as estradas que podem provocar fumaça densa e quando misturado com a neblina ao entardecer ou durante a madrugada, pode reduzir a visibilidade a zero, criando condições perigosas para tráfego de veículos.

Procedimentos para atenuação das situações de visibilidade

Considerando uma série de etapas para atenuar à redução da visibilidade quando a estrada está afetada pela neblina ou fumaça. As ações apresentadas em ordem decrescente de visibilidade, por exemplo à implementação da etapa 3, significa que as etapas 1 e 2 já foram executadas.

1 – Sinalizar a estrada, quando a visibilidade da estrada é o dobro ou menos da visibilidade mínima aceitável (VMA), por exemplo, a distancia visual (campo visual do motorista) é reduzida para 65 m e a velocidade indicada é de 40 km (pela tabela é de 33 m).
2 – Reduzir a velocidade limite indicada, quando a visibilidade é o valor de VMA ou menos, por exemplo a distancia visual é de  33m e a velocidade indicada é de 70 km (VMA, 86m), entretanto o limite de velocidade indicada deve ser reduzida para 40 km ou menos.
3 – Efetuar o comboio com carro líder (polícia), para tráfego parado por fechamento da estrada, quando a proporção  de visibilidade atual para o VMA é a metade ou inferior, por exemplo, a distância visual é de 15 m e o limite de velocidade indicada é de 40 km, mas pela tabela do VMA a distância é de 33 m. No sistema Anchieta-Imigrantes, a polícia rodoviária utiliza desse método há vários anos, quando a  distância visual está crítica.
4 – Quando a proporção da visibilidade atual para o VMA é inferior a 35 m, fechamento total da estrada (quando não existe comboio, com carro líder)

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terça-feira, junho 07, 2016

Reações químicas perigosas em casa!

Você sabia que misturar alguns produtos de limpeza doméstica pode ser fatal? Muitos produtos de limpeza contêm amônia – solução aquosa de amoníaco.

Outro produto químico frequentemente utilizado em nossas casas é a água sanitária, ou lixívia – solução aquosa de hipoclorito de sódio. Nós a utilizamos na lavagem de roupas e também na limpeza geral e como desinfetante. Se você misturar esses dois produtos químicos, uma reação química produzirá gases tóxicos chamados cloraminas.

Inalar esses gases pode ser fatal. Na Internet, você poderá encontrar muitos relatos de intoxicações e mortes resultantes da mistura desses dois produtos químicos, bem como sobre outros produtos químicos de uso doméstico comuns.

O que você pode fazer?
■Leve para casa os seus conhecimentos sobre segurança de processo! Como você trabalha com materiais e processos perigosos, você tem experiência e treinamento especiais que podem ser valiosos fora do seu trabalho. Lembre a seus amigos e familiares para seguirem as medidas de segurança tal como você faz no trabalho, quando manuseando materiais perigosos. Você pode salvar uma vida! Por exemplo:
■Leia sempre os rótulos de advertência nos produtos de uso doméstico e siga as precauções recomendadas para utilização e armazenamento.
■Use sempre os equipamentos de proteção individual recomendados, como especificados no rótulo do produto.
■Quando trabalhar com materiais perigosos em casa, sempre garantir uma boa ventilação no local de trabalho para a dispersão segura de vapores perigosos.
■Não misture produtos de uso doméstico, a menos que você compreenda completamente as interações entre esses produtos e suas potenciais consequências.
■Seja um bom exemplo para seus amigos e familiares. Quando utilizar materiais perigosos em casa, trate-os com o mesmo respeito que você faz no seu trabalho. Ao observar outras pessoas manuseando materiais perigosos, sem as devidas precauções de segurança, ajude-as a compreender como usá-los com segurança.
Leve o conhecimento sobre segurança para casa e compartilhe-o!
Fonte: @ZR, Process Safety Beacon – Junho 2016

Comentário
■ Água sanitária com amoníaco pode provocar explosão
A água sanitária não deve ser misturada a outros produtos, em especial àqueles com amoníaco. A mistura, que pode explodir e causar queimaduras graves, exala gases muito tóxicos que provocam sérios danos à saúde. A dona-de-casa Yolanda Massera Moisés, 45, misturou os dois e perdeu totalmente o olfato.
Ao limpar o banheiro, achou que seria melhor juntar água sanitária, amoníaco e sabão em pó.
"A mistura entrou em efervescência e começou a sair uma fumaça. Não conseguia respirar e meus olhos, nariz e garganta começaram a arder de maneira insuportável. Saí correndo à procura de uma janela aberta para poder voltar a respirar."
Depois que o desconforto passou, ela percebeu que tinha perdido o olfato. Segundo o médico Anthony Wong, Yolanda teve muita sorte. "Ela poderia ter pegado pneumonite química (um tipo de pneumonia) ou bronquite permanente, sem falar nas queimaduras que poderia ter tido se o líquido tivesse explodido." Fonte: Folha de São Paulo
  
■Intoxicações causadas pela mistura de produtos químicos
Muitas pessoas misturam produtos químicos para higienização dos cômodos, principalmente o banheiro. O que elas não sabem é que essas misturas podem trazer graves riscos à saúde. Produto químico não se mistura. Na utilização de dois produtos você cria um terceiro. A água sanitária, por exemplo, um dos produtos mais usados em limpeza, tem em sua composição o hidróxido de sódio, que causa uma reação quando unido a outro produto à base de amônia, por exemplo.
Isso causa um acidente comum que pode prejudicar um dos sentidos é a junção de sabão em pó, água sanitária e amoníaco. Ao utilizá-los em ambientes fechados, os vapores tóxicos ficam concentrados e as substâncias se manifestam com o aparecimento de uma fumaça asfixiante, que pode levar até a perda do olfato e da visão. A mistura de detergente com água sanitária causa reação química que libera gases tóxicos prejudiciais ao organismo.

Segue algumas misturas nocivas à saúde:

■ Produtos fortemente ácidos com produtos alcalinos causam uma reação que libera grande quantidade de calor.
■ Produtos amoníacos com compostos oxidantes geram gases e calor.
■ Ácido nítrico se misturado com produtos oxidantes ou orgânicos podem gerar elementos explosivos.
■ Ácido peracético com cloro geram gás tóxico e odor pungente.
■ Ácido sulfúrico quando misturado com acetato de sódio gera o ácido acético e odor pungente.
■ Soda cáustica ou produtos fortemente alcalinos quando em sua forma concentrada, se adicionados a água geram vapores e liberação de grande quantidade de calor.
■ Algumas normas quanto ao armazenamento de produtos químicos também devem ser seguidas. O correto é que os produtos estejam com etiquetas de identificação e separados de acordo com sua composição. Vale ressaltar que produto de higienização não deve ser misturado, a não ser quando autorizado por alguém com conhecimento técnico específico. Fonte: @ZR, Clean  Romer´s

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