Erro Humano:Paciente morreu em câmara de radiação
ERRO
HUMANO
"As
conclusões do processo de averiguações apontam para a ocorrência de um erro
humano na programação do equipamento utilizado no tratamento de
fototerapia", refere um comunicado enviado à agência Lusa.
No mesmo
comunicado, o hospital acrescenta que, "atendendo à gravidade do
sucedido", a comissão executiva desencadeou "de imediato" um
processo de identificação de medidas suplementares que possam obstar a
ocorrência de novos erros.
Diz
ainda que a Comissão Executiva transmitiu às autoridades competentes as
conclusões do processo de averiguações que abriu, "tendo tomado todas as
diligências necessárias, nomeadamente no âmbito disciplinar".
O
hospital "lamenta profundamente" a morte da paciente e manifesta
"total disponibilidade" para apoiar a família.
PACIENTE
Rosa
Cunha, de 61 anos, morreu este mês depois de ter sido submetida a um excesso de
radiações no Hospital de Braga, onde há sete anos fazia fototerapia para tratar
um problema de pele.
Na
semana passada, após mais uma sessão de tratamento, a doente começou a
queixar-se que se sentia muito quente, apresentando o corpo coberto de bolhas.
Regressou
ao Hospital de Braga e foi imediatamente transferida para a Unidade de
Queimados do Hospital de S. João, no Porto, onde acabaria por morrer.
Segundo
fonte da família, a doente terá sido submetida a radiações durante 20 minutos,
quando o tempo correcto seria de apenas cinco.
RESPONSABILIDADE
O
Hospital de Braga, cidade de Braga, Portugal, assumiu o "erro humano"
na programação do equipamento utilizado no tratamento de fototerapia de uma
mulher de 61 anos, que acabou por morrer poucos dias após o tratamento.
A
Inspecção-Geral das Actividades em Saúde também já abriu um processo para
apurar responsabilidades e definir eventuais medidas para evitar que no futuro
venha a ocorrer um caso do género.
"É,
obviamente, uma situação que não se pode repetir", referiu fonte do
Ministério da Saúde.
De
acordo com o que se vier a apurar, poderá ser instaurado um processo de
natureza disciplinar ou então ser feita uma participação ao Ministério Público.
Font: Correio
da Manhã – Portugal, 26 de Outubro de 2012
Comentário:
O que é fototerapia?
Fototerapia
é a modalidade terapêutica que aplica exposições repetidas e controladas de
radiação ultravioleta para alterar a fisiologia cutânea de modo a induzir a
regressão ou controlar a evolução de diversas dermatoses.
Pode ser
feita aplicação de radiação ultravioleta A (UVA) ou ultravioleta B (UVB) em uma
cabine fechada. A radiação ultravioleta A é feita em combinação com
fotossensibilizantes, modalidade conhecida como terapia PUVA (associação de
psoraleno com UVA). Já a radiação ultravioleta B pode ser aplicada de forma
isolada, não sendo necessário o uso de medicações fotossensibilizantes.
É
utilizada para tratar diversas doenças de pele como psoríase, vitiligo, linfoma
cutâneo de células T, dermatite atópica, alopecia universal, prurigo nodular,
prurido de causa renal, esclerodermia e além de outras dermatoses. Cada
paciente e doença requer um número de sessões de tratamento. Geralmente são
necessários 2 a 3 sessões por semana por um período de tempo variado.
A
terapia PUVA foi desenvolvida originalmente na década de 40 para tratar
vitiligo e o uso de ultravioleta B de banda estreita (radiação com comprimento
de onda definido entre 311-312 nm) surgiu como terapêutica promissora para
aqueles pacientes que não podem fazer uso da medicação fotossensibilizante como
crianças, portadores de doenças hepáticas ou renais. Antes de
iniciar a fototerapia o paciente deve ser avaliado quanto à sua função
hepática, renal, oftalmológica, além de exame dermatológico minucioso para
evidenciar dermatoses concomitantes.Fonte: Hospital Albert Sabin
Por que as pessoas erram?
Por que as pessoas erram?
A falha
humana ocorre por algumas causas básicas:
■Falha
de atenção - Descuido, imperícia ou
cansaço
■Falha
de previsão – Falta de planejamento
■Falha
de análise – Falta de considerar todas as variáveis e consequências
■Falha
psicológica – Esta última é voltada mais à questão de erros por interpretações,
medos, arrogância, retaliação, stress, teimosia, crenças e “achismos” de toda
espécie.
■Falha
funcional – Patologias que interferem no uso de nossas faculdades biológicas.
■Falha
julgamento – Excesso de parâmetros para análise em curto espaço de tempo ou
falta de conhecimento necessário à tomada de decisão
■Falha
processual – Descompassos e lacunas nas diretrizes operacionais que induzem a
erro ou acidentes
■ Falha de
competência – Falta de conhecimento, experiência ou capacitação intelectual
Porque
as pessoas erram se executam a mesma função e conhecem bem suas atividades?
Talvez conhecem tudo ou julgam conhecer tudo ou se acostumaram a testar os limites de
segurança? Ou executam as funções ligando o piloto automático (excesso de
confiança)? Uma hora o fator X aparece e os fatores adversos se convergem
provocando erros e acidentes. O que podemos fazer para corrigir o erro? Como
evitar que isso ocorra no futuro? Voltamos
às causa básicas de falhas.
Marcadores: acidente, responsabilidade civil, saúde
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